Policial Rodoviário Federal chefiava esquema dos concursos que beneficiou mais de 700 pessoas, diz polícia da PB
Um policial rodoviário federal que era procurado pela Polícia Civil desde sexta-feira (12), ocasião da deflagração da Operação Gabarito 2, se apresentou à Justiça nesta terça-feira (16) e foi preso por uma equipe da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) de João Pessoa. Segundo o delegado Lucas Sá, ele é suspeito de ser um dos chefes do esquema de fraudes a concursos públicos.
O delegado explicou que o suspeito chegou ao Fórum Criminal acompanhado de três advogados. No local, ele foi detido por uma equipe da DDF e foi encaminhado à Central de Polícia. Em seguida, ele vai ser levado ao 5º Batalhão de Polícia Militar, onde deve ficar detido.
O esquema lucrou pelo menos R$ 18 milhões e aprovou mais de 500 pessoas em pelo menos 70 concursos e vestibulares, segundo a Polícia Civil. Até a sexta-feira (13), 25 pessoas foram presas, sendo 19 no dia 7 e outras seis na sexta-feira, além de 11 veículos apreendidos e muitos documentos e equipamentos eletrônicos.
De acordo com Lucas Sá, o policial rodoviário é apontado como segundo o terceiro na “linha de comando” do esquema fraudulento e ficaria com 25% do que fosse arrecadado. O irmão dele foi preso na primeira fase da Operação Gabarito. Segundo as investigações, ele conseguiu fraudar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e aprovar a filha no em primeiro lugar para o curso de medicina. Além dela, ele teria conseguido a aprovação de outras pessoas próximas em diversos cargos públicos.
Além do concurso de 2006 da PRF, o suspeito também foi aprovado para escrivão da Polícia Civil (2003), para técnico judiciário do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Alagoas (2013) e para analista judiciário do TRT de São Paulo (2016). Porém, a Polícia Civil ainda vai investigar se ele conseguiu os cargos de forma fraudulenta.
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