29ª Fase da Lava-jato cumpre mandado em casa de empresário na Zona Norte do Recife

O ex-assessor do PP João Cláudio Genu - condenado no mensalão - foi preso na manhã desta segunda-feira, em Brasília Foto: Agência Brasil/Reprodução
O ex-assessor do PP João Cláudio Genu – condenado no mensalão – foi preso na manhã desta segunda-feira, em Brasília Foto: Agência Brasil/Reprodução

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta segunda-feira a 29ª fase da Operação Lava Jato. São seis mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária. As ações ocorrem em Brasília, Pernambuco e no Rio de Janeiro. Aqui no estado, está sendo cumprido um mandado de busca e apreensão na casa do empresário Humberto do Amaral Carrilho, no bairro de Apipucos, Zona Norte do Recife. O imóvel está em reforma e o empresário não foi encontrado. Segundo seus filhos, ele está em viagem internacional.

O ex-assessor do PP João Cláudio Genu – condenado no mensalão – foi preso na manhã desta segunda-feira, em Brasília. Ele, que era ex-assessor do ex-deputado federal José Janene, foi preso em um hospital, como acompanhante de uma pessoa.

Segundo a PF, Genu “foi, juntamente com o deputado, denunciado na Ação Penal 470 do STF (Mensalão), acusado de sacar cerca de um milhão e cem mil reais de propinas em espécie das contas da empresa SMP&B Comunicação Ltda., controlada por Marcos Valério Fernandes de Souza, para entrega a parlamentares federais do Partido Progressista, no escândalo criminal conhecido vulgarmente por Mensalão”, afirma a Polícia Federal.

Surgiram, porém, elementos probatórios que apontam a sua participação também no esquema criminoso que vitimou a Petrobrás, motivo pelo qual passou a ser investigado novamente na Operação Lava Jato, onde as investigações apontam que ele continuou recebendo repasses mensais de propinas, mesmo durante o julgamento do Mensalão e após ter sido condenado, repasses que ocorreram pelo menos até o ano de 2013.

Quando denunciado no Mensalão, Genu foi acusado de sacar R$ 1,1 milhão em espécie de valores considerados propinas das contas da agência SMP&B, de Marcos Valério Fernandes Souza, condenado no caso e réu na Lava-Jato. Janene morreu antes do julgamento no Supremo Tribunal Federal. Genu foi condenado por corrupção e lavagem, mas o primeiro crime prescreveu e, em recursos posteriores, ele foi absolvido do segundo crime.

A operação foi batizada de Repescagem em razão do principal investigado já ter sido processado no Mensalão e agora, novamente, na Lava Jato.

 

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