AOS ESTUDANTES

Chegou a hora de voltar às aulas e de reencontrar os colegas e os professores. De falar das férias e de até mesmo enfeitá-las com alguns passeios imaginários, aquelas mentirinhas que deixam os colegas morrendo de inveja. E chegou, também, a hora de voltar aos livros, de mergulhar num mundo de novas descobertas, de novos conhecimentos.

Chegou a hora de começar a pensar na qualidade de ensino. De questionar se realmente são oferecidas as condições mínimas de desenvolver toda a potencialidade intelectual que vocês possuem. Ou se tudo não passa de um faz de conta, onde vocês fingem que estudam, o professor finge que ensina e o poder público finge que oferece condições para que o aprendizado aconteça em toda a sua plenitude.

Pensem nisto e comparem os conhecimentos adquiridos nas séries anteriores com o conhecimento que alunos das mesmas séries que vocês, mas que estudam em outras cidades são possuidores. E se perceberem que estão atrasados em relação aos colegas  questionem a qualidade de ensino que a vocês está sendo oferecida.

Nada me assusta mais do que uma juventude que perdeu a capacidade de reivindicar, de querer o melhor para si e para a sua cidade.

Quando os jovens demonstram possuir a sede do saber todos se convencem de que o futuro será mais promissor.

Pensem nisto. Conversem com os seus professores, perguntem o que pode ser feito pelo poder público para que haja um ensino de melhor qualidade. Não que eu esteja afirmando que a qualidade hoje existente seja inferior, até porque não sou professor, e em não sendo professor não tenho como fazer uma avaliação correta. Esta avaliação tem que ser feita por vocês, estudantes do Rio Grande do Norte, e pelos professores que realmente estão compromissados com um futuro melhor para todo o corpo discente da rede de ensino do nosso querido Estado.

Não deixem de fazer isto nesta volta às aulas.

E um bom mergulho nos livros em busca do conhecimento que irá possibilitar a todos uma melhor qualidade de vida nos anos vindouros.

Do amigo de vocês; Inácio Augusto de Almeida