Delegado de Polícia envolvido na morte de um Agente Penitenciário no Pernambuco

A Polícia Civil de Pernambuco já conseguiu identificar os envolvidos na agressão que resultou na morte de um agente penitenciário, de 41 anos. De acordo com Joselito Amaral, diretor de Polícia Metropolitana, entre as pessoas identificadas nas imagens está o delegado de Arcoverde, no Agreste, Renato Gaião.




 

“As imagens são claras. Ele [delegado Renato Gaião] aparece nas imagens e, de acordo com o artigo 29 do código penal, todos responderão na medida de sua participação, de acordo com a culpabilidade”, diz Joselito Amaral, que apontou também que o delegado não nega que estava no local com o grupo.

Agora, a polícia trabalha com a individualização da conduta de cada um dos envolvidos. “O que motivou foi uma discussão minutos antes, por um motivo insignificante, que não vem ao caso. Não estamos tratando apenas de uma agressão e sim de um homicídio”, adianta o diretor.

A vítima foi espancada por um grupo de motociclistas e, em seguida, atingidoa por um disparo de arma de fogo no sábado (21). Ainda não se sabe se o tiro partiu da arma do agente ou de um dos agressores.

Nas imagens, é possível ver o agente penitenciário prestes a entrar no banheiro quando recebe o primeiro golpe na cabeça. Em seguida, já cai no chão sem reação. Outros integrantes do grupo de motociclistas, então, desferem mais socos e chutes contra o agente. A Polícia Militar informou que ele participava do 16º Encontro de Motociclistas, que era realizado na sede da AABB.

A vítima foi levada por populares para o Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães, em Serra Talhada, e transferido para o Hospital São Vicente, no mesmo município. O homem, que era agente há cinco e lotado na penitenciária de Limoeiro, não resistiu aos ferimentos e morreu na terça-feira (24). Ele estava de folga no dia do crime.

Ainda na terça, o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária e Servidores de Pernambuco (Sindaspe) pediu que a morte dele fosse investigada como homicídio. O Sindaspe também ressaltou a importância de se averiguar a origem do disparo.

“Pedi que seja feito a perícia tanatoscópica para descobrir o trajeto da munição. Da onde partiu o disparo. Se partiu do próprio agente já que tentaram tirar a arma dele ou de um terceiro”, encerra Amaral. O caso está sendo investigado pela delegacia de Afogados da Ingazeira.

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G1PE

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