Quatro maiores açudes da PB estão com menos de 7,2% de seus volumes, diz Aesa

Os quatro maiores açudes da Paraíba iniciam o segundo semestre de 2017 em situações distintas, mas preocupantes, segundo dos dados da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado (Aesa) e divulgados nesta segunda-feira (3). Um deles, o Acauã, na cidade de Itatuba, está em situação considerada crítica, com volume de água abaixo de 5% de sua capacidade. Outros três estão em observação, com volumes que variam entre 5% e 7,14%.

Juntos, os quatro reservatórios têm capacidade para acumular mais de 1 bilhão de metros cúbicos de água, mas atualmente acumulam apenas 136,7 milhões de metros cúbicos, o que representa cerca de 12% do que pode ser armazenado.

Em situação crítica, o reservatório de Acauã, que fica em Itatuba, no Agreste, está com apenas 4,7% da sua capacidade máxima. Segundo os dados da Aesa, as chuvas regsitradas na região não passaram de 119,8 milímetros e foram concentradas em abril. Para efeito de comparação, esse valor é o mesmo registrado apenas no mês de junho na cidade de Lagoa Seca.

Além de Acauã, outros dois reservatórios paraibanos estão em situação crítica: Jenipapeiro, em São José da Lagoa Tapada, e Gurjão, na cidade de Gurjão, também têm menos de 5% de suas capacidades, sendo que o Gurjão tem apenas 0,54% de sua capacidade, que é de 3,6 milhões de metros cúbicos.

Coremas/Mãe D’água

Reunindo as águas de dois reservatórios na cidade de Coremas, no Sertão, o Coremas/Mãe D’água faz parte da bacia do rio Piancó e está com apenas 7,14% de sua capacidade e correm o risco de entrar em situação crítica a qualquer momento. De acordo com dados da própria Aesa, a região recebeu 432,5 milímetros de chuva desde o início deste ano, o que significa metade da média histórica para o período.

Epitácio Pessoa (Boqueirão)

O açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, no Agreste do estado, só saiu da situação crítica depois da chegada das águas da transposição do São Francisco e nesta segunda-feira registrava 7,02% de seu volume. Somente no mês de junho esse volume subiu de 5, 5% para 6,84%. Atualmente o açude está com quase 29 milhões de metros cúbicos de água, pouco menos dos 34 milhões de m³ esperado pelo Aesa para que o manancial saia do volume morto.

A vazão das águas que chegam a Boqueirão chegou a cair no dia 11 de junho por conta o rompimento de um trecho do canal que liga as cidades de Custódia e Sertânia, no interior de Pernambuco, mas já era considerada normal no dia 19.

Engenheiro Ávidos

A entrada de pouco menos de 2,5 milhões de metros cúbicos fizeram o açude Engenheiro Ávidos, em Cajazeiras, no Sertão, saísse da situação considerada crítica pela Aesa. O reservatório está atualmente com 5,09% de sua capacidade e cravado em uma região onde choveu apenas 349,5 no último, quando o esperado era mais do que o dobro. Segundo dados da Aesa, as chuvas na região foram mais concentradas entre os meses de março e abril.

Maiores volumes acumulados

Nesta segunda-feira, quatro reservatórios paraibanos estavam sangrando, entre ele o que acumula o maior volume de água atualmente, Gramame/Mamuaba, no Conde, litoral sul, que está com 58,6 milhões de metros cúbicos de água, enquanto sua capacidade oficial é de 56,9 milhões. Também estão sangrando os reservatórios Jangada, em Mamanguape, Marés, em João Pessoa, e São José II, em Monteiro.

Já o reservatório Araçagi, em Mamanguape, no litoral norte, é o segundo maior volume acumulado, com 52,6 milhões de metros cúbicos. Logo em seguida na lista está Coremas/Mãe D’água.

G1 PB

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