Rival do América, Campinense está há 10 anos na Série D; torcida procura ingressos
Foto: Adriano Abreu
O confronto entre América x Campinense para saber qual deles vai conquistar o acesso para Série C reunirá dois clubes que vêm militando há alguns anos na Série D e falhando nessa missão de forma consecutiva. O potiguar está no seu quinto ano de disputa e sofre uma cobrança imensa dos torcedores para voltar a escalar as séries do futebol brasileiro.
A fila dos paraibanos possui o dobro do tempo que a dos americanos e a pressão será um fato comum aos dois lados. Na espera pelo duelo, a torcida americana já comprou cerca de 2 mil ingressos.
Renatinho que conseguiu solucionar os problemas que clube potiguar vinha enfrentando com o problema de baixas no elenco, sabe que o teor psicológico será forte nesses dois confrontos, por isso, só irá mandar a campo os atletas que estiverem em condições plenas. A dúvida é para definir quem será o substituto de Weslley Smith no ataque, que recebeu o terceiro cartão amarelo diante do Moto Clube e vai cumprir suspensão automática no jogo de sábado, na Arena das Dunas.
Luís Henrique, autor de dois gols na partida que assegurou a classificação do América para fase de quartas de final, se diz pronto para ajudar o Alvirrubro em qualquer condição. Seja largando como titular ou sendo usado como uma opção no segundo tempo de partida, o jogador garante estar bem preparado e pronto para enfrentar o desafio..
“Pude ajudar a equipe com os dois gols marcados contra o Moto Club, a vitória nos garantiu a classificação para as quartas de finais, mas agora temos de virar a chave e mirar no próximo compromisso, que vai reunir os dois principais jogos da Série D para o nosso grupo, aqueles que poderão garantir o acesso ao América. A meta é jogar com inteligência e trabalhar forte durante a semana para realizar uma grande partida sábado, na Arena das Dunas, onde poderemos contar com o apoio do nosso torcedor, considerado fundamental nesse momento decisivo. Nossa meta é conquistar dois bons resultados e assegurar o acesso”, disse.
Do lado paraibano, o treinador Ranielle Ribeiro que conhece muito bem as potencialidades do América como mandante, mas que vem levando a melhor nos confrontos recentes, quando na fase de grupo bateu o Alvirrubro por 3 a 0 e na volta arrancou um empate na Arena das Dunas, acredita que esse histórico de confrontos vai tornar a disputa pela classificação ainda mais difícil, uma vez que os dois grupos já se conhecem e sabem o que podem explorar para buscar um atalho que leve a vitória nos dois jogos.
O Rubro-Negro levou a melhor na corrida pela segunda colocação do grupo 3 na última vez em que se encontraram, mas Luís Henrique salienta que as circunstâncias atuais são bem diferentes e que a questão não vai pesar dentro de campo.
“Fizemos dois jogos contra o Campinense na fase de grupos, não conseguimos vencer, mas agora no mata-mata é outro tipo de campeonato. Eles possuem um elenco forte e unido, mas o América está focado no seu objetivo e unido mais que nunca. Além disso, voltamos a crescer dentro da competição com o início do mata-mama e iremos para cima deles, pois estamos cientes de que temos de fazer um resultado bom neste primeiro confronto”, ressaltou.
Para o comandante do representante paraibano, um confronto entre equipes tão equilibradas não tem como cravar um prognóstico, tudo que ocorrer dentro das quatro linhas vai estar dentro da normalidade.
“Será um jogo de detalhes, e jogos de detalhes são definidos por alguma manobra para surpreender o adversário, seja numa jogada no um contra um ou aproveitando algum desequilíbrio individual do adversário. É uma tônica muito semelhante à que encontramos nos clássicos locais. Ninguém vai querer errar, sabendo do potencial da equipe adversária e que qualquer deslize poderá colocar o trabalho de um ano inteiro em xeque”, destacou Ranielle Ribeiro.
A confiança depositada na equipe, se dá pelo fato de que a ela perdeu apenas cinco jogos na temporada inteira, num total de 30 partidas realizadas. É justamente em cima desses 56% de aproveitamento em 2021, que Ranielle pretende trabalhar o plano de acesso.
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