Manifestantes contrários à Reforma da Previdência de SP entram em confronto com a PM e GCM

Foto: Alexandre Linares/Sindsep

Servidores públicos municipais entraram em confronto com policiais militares e guarda civis metropolitanos nesta quarta-feira (10) durante protesto em frente à Câmara Municipal de São Paulo, no Centro da cidade, contra a Reforma da Previdência Municipal proposta pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB). Por volta das 16h30, houve um primeiro confronto com a Guarda Civil Metropolitana (GCM). Os manifestantes jogaram ovos, garrafas e mastros da bandeira contra o prédio da Câmara e os guardas revidaram com bala de borracha.

Em nota, a GCM informou que realizou apenas “um disparo de bala de borracha para dispersar manifestantes alterados que tentaram pular a grade e atiraram pedras contra o prédio da Câmara”. Um GCM foi atingindo por uma pedra no capacete, mas não ficou ferido.

Depois, manifestantes atearam fogo em sacos de lixo na rua. Um bombeiro foi levado pela PM para apagar o fogo. Também houve disparos de bombas por parte da Polícia Militar. Segundo o sindicato, uma mulher se feriu e fraturou a perna depois de disparos da PM e GCM no Viaduto Jaceguai, onde fica a Câmara. Portas do comércio na região foram fechadas e pessoas tiveram dificuldade de atravessar o viaduto, que está com as vias bloqueadas nos dois sentidos.

Os manifestantes tentaram pular a grade da Câmara para entrar no prédio. Na entrada principal, guardas se posicionaram nas portas de vidro para impedir a ocupação dos manifestantes. O texto final da reforma da previdência é discutido, em segundo turno pelos vereadores, nesta quarta, após a aprovação do relatório final na Comissão Especial de Estudos na terça (9) que fez duas alterações no projeto original do prefeito. Vereadores da oposição pedem que a votação seja suspensa.

Com faixas e cartazes contra Nunes, os manifestantes começaram a se concentrar em frente à Câmara por volta de 14h. Eles são contrários à proposta de taxação dos 63 mil aposentados do município que são alvos da reforma. A proposta do original Executivo prevê que cerca de 63 mil aposentados que ganham mais que um salário mínimo (R$ 1.100) passem a contribuir com a Previdência municipal com uma alíquota de 14%. Na atual regra do município, o percentual só é descontado de quem ganham acima de R$ 6.433. VEJA MAIS AQUI

POR G1

Escreva sua opinião

O seu endereço de e-mail não será publicado.