É importante dividir responsabilidade na hora do desastre, diz ministro de Lula sobre parceria com Tarcísio

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirma que a parceria determinada pelo presidente Lula (PT) com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para a reconstrução das estradas atingidas pelas chuvas no estado vai abranger desde o trabalho de liberação das rodovias para a saída dos turistas e o projeto de engenharia até o financiamento das obras.

“Dividir responsabilidade no momento de desastres é sempre importante, porque um desastre nunca é esperado. Somar esforços é importante, e a ida do presidente [a São Sebastião] foi exatamente para isso”, disse o ministro à reportagem.

A parceria entre Lula e Tarcísio, que vem sendo exaltada por ambos, incomoda aliados do ex-presidente Bolsonaro.

Renan Filho afirma que os técnicos do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) ficarão à disposição do governo de São Paulo para o trabalho na rodovia Rio-Santos (BR 101).

“O presidente determinou que nós colaboremos no financiamento da obra, na divisão das tarefas e na verificação do papel de cada um. Mas o governo federal vai colaborar com a reconstrução, mesmo sendo uma rodovia estadual”, disse o ministro.

Ainda falta dimensionar o estrago em detalhes.

“A gente espera liberar as rodovias da região o quanto antes, mesmo que de forma provisória, por desvios, inclusive, se necessário, garantindo segurança para o cidadão porque muita gente precisa voltar para casa. E depois vamos construir os projetos de engenharia, identificar mais pormenorizadamente o tamanho do dano que as rodovias sofreram para, somente a partir daí, projetarmos a reconstrução”, disse Renan Filho.

Uma das ferramentas que deve ajudar no trabalho, segundo o governo, é o novo painel de monitoramento de ocorrências para os períodos críticos de chuvas, que já estava no plano dos primeiros cem dias da nova gestão petista anunciado no mês passado. O recurso deve entrar em funcionamento pleno na primeira quinzena de março, segundo as previsões do ministério.

JOANA CUNHA
FOLHAPRESS

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