Comerciantes esperam boas vendas com artigos juninos
Com o mês de junho movimentado pelas festas de São João, muitos comerciantes vivem a expectativa de boas vendas para 2024. Os empreendedores estão especialmente otimistas em relação às comemorações escolares e de condomínios, que costumam gerar uma maior demanda por produtos juninos. Essas festividades são vistas como grandes impulsionadoras do comércio local, oferecendo uma oportunidade para o aumento das vendas e a atração de novos clientes.
Na Avenida Antônio Basílio, entre a Rua São José e a Avenida Prudente de Morais, no bairro de Lagoa Nova, é um dos pontos mais conhecidos de Natal para quem busca comprar roupas e demais artigos juninos. Ana Neris tem 48 anos e durante mais de 20 anos trabalha em períodos de festas de forte apelo comercial. Por ser uma comemoração que costuma se estender durante 30 dias, ela conta que as vendas são ser maiores do que outras datas comemorativas, como o Carnaval.
“Ainda é começo do mês, mas estou apostando alto que as vendas deste ano serão melhores do que as de 2023”, estima a empreendedora. Na barraca de Ana Neris, os consumidores conseguem encontrar vestidos elaborados e temáticos com valores entre R$120,00 a R$280,00. Todos os comerciantes que atuam no canteiro central da Avenida Antônio Basílio investem, em média, R$400,00 por mês para a liberação do espaço por parte da Prefeitura do Natal, além do aluguel de tendas, que variam entre R$400,00 a R$500,00. Eles relatam ainda gastos com alimentação, transporte e, em alguns casos, diárias de funcionários. No entanto, carecem de estrutura como banheiros químicos e, quando necessário, precisam contar com o apoio de empresas físicas situadas na região.
Micaela Kaline, de 26 anos, faz parte de uma atuação familiar que opera durante os últimos cinco anos no mesmo canteiro central. Apesar das boas expectativas de vendas para 2024, ela relata que também tem anseio de uma baixa procura devido às tendências de moda. “Hoje em dia estão diminuindo o uso do xadrez durante o São João, aproveitando também roupas brilhosas e de outras formas, que acaba atrapalhando as nossas vendas”, conta a empreendedora.
Para poder trazer roupas com maior qualidade, a família busca produtos nos mercados em São Paulo e Pernambuco. Em comparação a 2023, ela relata que neste ano precisou aumentar o preço de venda dos artigos, ocasionado também por um aumento dos revendedores, gerando uma média de R$50,00 a mais.
Aldira Ribeiro, de 42 anos, também é uma das empreendedoras que está alocada na Avenida Antônio Basílio. Em estrutura, ela conta com dois funcionários e duas tendas, divididas entre roupas femininas e masculinas, feitas em confecção própria, e demais artigos juninos. A comerciante destaca que a diversidade de produtos é essencial para atrair uma clientela variada e aumentar as chances de vendas durante o período junino.
Para o São João, a Fecomércio do Rio Grande do Norte vai lançar o projeto São João do Comércio, com o objetivo de fomentar as vendas, com ações que vão desde a oferta de capacitações gratuitas até ações culturais para movimentar os principais centros comerciais de Natal. A programação completa do evento será apresentada na quinta-feira (6).
Tribuna do Norte
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