Ministro Lewandowski demite policial rodoviário federal por cobrar R$ 30 mil em propina durante abordagens na Paraíba
Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski determinou a perda do cargo público do agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Francisco Edilson Forte. A coluna apurou que o motivo foi a cobrança de R$ 30 de propina para não aplicar autos de infração em caminhoneiros, em um posto da corporação na Paraíba.
A perda do cargo na PRF foi oficializada após um processo interno aberto pelo Ministério da Justiça no ano passado. Nele, a Consultoria Jurídica da pasta recomendou a punição a Francisco Forte, seguindo uma determinação judicial de 2016.
Na decisão, a Justiça Federal determinou a devolução do dinheiro obtido ilicitamente e o pagamento de multa de R$ 90, correspondente ao triplo do valor da propina. A 3ª Vara também suspendeu os direitos políticos de Forte por um prazo de cinco anos.
Ironia do destino, Lewandowski chegou a ser alvo de postagens de Francisco Forte nas redes sociais quando ainda atuava no Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma dessas publicações, o ex-policial criticou a detenção de um advogado que teve de depor à Polícia Federal depois de dizer ao ministro, durante um voo comercial, que o Supremo era “uma vergonha”.
Outra postagem de Francisco Forte se refere a Adélio Bispo, autor da facada em Jair Bolsonaro em 2018. “Adélio Bispo é o único homicida brasileiro cujo sigilo telefônico é bancário é protegido pelo STF e OAB”, diz a publicação. Algumas postagens do ex-agente da PRF chegaram a ser removidas pelo Facebook e receberam o selo de “conteúdo falso”.
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