Vídeo: General contrário à pré-candidatura do esquerdista Evo Morales leva tropas do Exército ao Palácio da Bolívia e tenta “golpe de estado”

Um grupo armado invadiu a praça que fica em frente ao Palácio Quemado, sede do governo da Bolívia, em La Paz, na tarde desta quarta-feira (26). De acordo com o jornal boliviano El Deber, às 15h49, um tanque militar entrou na Praça Murillo para uma “tomada militar”. 

O levante militar é liderado pelo general Juan José Zúñiga, que teria conversado com o presidente Luis Arce nesta tarde, de acordo com o El Deber. 

O presidente da Bolívia, Luis Arce, denunciou que “mobilizações irregulares” de militares, enquanto tropas e tanques se posicionavam na frente da sede do governo em La Paz. “Denunciamos mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército Boliviano. A democracia deve ser respeitada”, escreveu o presidente na rede social X.

O ex-presidente Evo Morales afirmou que “um golpe de Estado” está sendo gestado na Bolívia, diante da mobilização anormal de tanques e tropas na frente da sede do governo. “Gesta-se o Golpe de Estado. Neste momento, pessoal das Forças Armadas e tanques se mobilizam na Praça Murillo”, disse Morales na rede social X. “Convocamos uma Mobilização Nacional para defender a Democracia frente ao golpe de Estado que é gestado e liderado pelo general” Juan José Zuñiga, comandante do exército, declarou em outra mensagem na rede social.

General é líder de movimento

De acordo com o jornal argentino La Voz, o general Juan José Zúñiga decidiu comandar o golpe após ter perdido o cargo de comandante do Exército boliviano. O general é contrário à candidatura do ex-presidente esquedista Evo Morales em 2025.

“Vamos recuperar esta Pátria ”, afirmou o Coronel Zúñiga, em declarações aos meios de comunicação a partir da Praça Murillo, depois da tomada pelas tropas militares. “Chega de empobrecer o nosso país, chega de humilhar os militares. Viemos expressar o nosso descontentamento ”.

Ainda segundo o La Voz, Zúñiga afirmou que um novo Gabinete de Ministros será formado e que Arce é o presidente da Bolívia “por enquanto”. “Haverá um novo gabinete. Os ministros vão ser trocados, mas o nosso Estado não pode continuar assim, fazendo o que quiser. Estamos demonstrando o nosso incômodo, é um dever, uma obrigação das suas Forças Armadas recuperarem novamente esta pátria, chega de empobrecer a pátria e humilhar o Exército”, disse à imprensa.

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