Região das Serras do Agreste terá agenda estratégica para fortalecer turismo e economia
A região das Serras do Agreste Potiguar compreende os municípios de Monte das Gameleiras, Passa e Fica, São José do Campestre e Serra de São Bento. Separados, esses territórios oferecem a turistas diversas opções de eventos, atividades, belezas naturais e restaurantes. Unidos, afirmam empresários que atuam nas Serras, os municípios devem ter seu potencial turístico elevado.
Para isso, a classe empresarial elaborou, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RN), uma agenda estratégica a ser cumprida em 10 anos – até 2033 – para a região, que busca fortalecer as Serras com metas de curto, médio e longo prazos. Nessa segunda-feira (22), na sede do Sebrae/RN, empresários se reuniram com a classe política e agentes públicos para apresentar o projeto e buscar apoio.
Por meio do Projeto Liderança para o Desenvolvimento Regional (LIDER), o Sebrae/RN convidou empresários e realizou consultorias para a elaboração da agenda. Segundo o diretor-superintendente do Serviço, Zeca Melo, há um olhar otimista quanto às metas presentes na agenda. “A gente está discutindo com a classe política como a gente pode dar uma virada naquela região das Serras do Agreste, vendo como podemos ampliar ainda mais essa discussão e fazer a interiorização do turismo”, pontua.
O projeto começou em 2023 e une 52 lideranças. Para a execução das metas, a classe deve buscar o apoio de agentes públicos. Na reunião, a Agência de Fomento do Rio Grande do Norte (AGN) anunciou que vai ampliar o crédito na região, e o deputado estadual Hermano Morais (PV) se comprometeu a destinar uma emenda parlamentar para o projeto. Ele ainda não informou o valor da emenda. Para o deputado, o investimento se deve ao “grande potencial que o turismo tem naquela região”.
O empresário Evilazio Crisanto é um dos líderes e atua no setor imobiliário, no município Serra de São Bento. De acordo com ele, o projeto busca parcerias estratégicas, como instituições financeiras, universidades e poder público. “A expectativa é muito grande, porque a forma como nós estamos fazendo é estratégica. Estamos ordenando um ambiente, criando uma ambiência, para que o empreendedor chegue ali e faça seu investimento de forma segura, tranquila e equilibrada”, frisa.
Ele destaca que a agenda deve elevar as Serras do Agreste Potiguar ao conhecimento de todo o Rio Grande do Norte, do Nordeste e do Brasil. “E, assim, nós vamos fazer uma troca para que a economia gire dentro desses quatro municípios”, afirma.
Já o líder Rossano Molina tem dois restaurantes, um em Monte das Gameleiras e um na Serra de São Bento. Ele define o projeto como uma união de forças, em que as atividades principais em cada cidade se complementam. “Alguns têm o turismo como força, outros têm agricultura. Cada um tem alguma coisa”, explica. A proposta, conta, é levar o nome das quatro cidades, não isoladamente, para consolidar a região como polo turístico no RN.
Em agosto deste ano, segundo ele, deve haver a eleição de uma agência dos próprios empresários para convidar outros pequenos e médios empreendedores da região. Rossano afirma que o potencial turístico é subutilizado porque a região ainda está dividida. “A gente tem muita coisa bonita, um potencial muito grande, mas pouco explorado ou explorado de forma errada”, afirma.
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