Veja o que alega “O Sistema” para tirar Pablo Marçal da corrida à prefeitura de São Paulo
O pedido de suspensão do registro de candidatura do influencer Pablo Marçal (PRTB) à Prefeitura da capital, feito pelo Ministério Público Eleitoral, tem como base o uso de uma estrutura de cortes de vídeos para promover o ex-coach nas redes sociais que seriam feitos por colaboradores pagos com recursos não contabilizados ainda no período de pré-campanha, o que pode configurar abuso de poder econômico.
Segundo o promotor eleitoral Fabiano Augusto Petean, autor do pedido que inclui, ainda, a quebra dos sigilos bancário e fiscal das empresas de Marçal, a pré-campanha de Marçal estimulava “cabos eleitorais” e “simpatizantes” a “replicar sua propaganda eleitoral” nas redes sociais, “mediante a promessa de pagamentos”.
Esses recursos, alega, não foram declarados pelo influencer, que tem mais de 12 milhões de seguidores apenas no Instagram.
No processo que tramita na 1ª Zona Eleitoral da capital, o promotor anexou uma série de prints do Tiktok com mensagens recentes onde diferentes perfis associados ao influencer oferecem “ganhar dinheiro apenas postando vídeos” com a promessa de faturar até R$ 10 mil por mês com os “cortes do Pablo Marçal”. A disseminação de vídeos curtos nas redes é a principal arma usada pelo candidato do PRTB para atacar os adversários.
“Com o máximo respeito, não se sabe de onde vieram os recursos utilizados para alavancar o nome do investigado e tampouco quanto de dinheiro foi utilizado nesse momento. O que se sabe, com o máximo respeito, é que tais atos (típicos de campanha) consumiram recursos financeiros que não poderiam ser gastos nesse momento e, por isso, resta caracterizado o abuso de poder econômico”, afirma o promotor. Ainda não houve decisão do juiz eleitoral.
Procurada pelo Metrópoles, a campanha de Pablo Marçal disse que “não há financiamento nenhum por trás disso, nem na pré-campanha, nem na campanha”. A assessoria do candidato do PRTB afirmou ainda que a decisão é uma tentativa do “bloco da esquerda” de “tentar frear quem realmente vai vencer as eleições”.
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