Pausa na engorda ocorreu após Funpec achar ‘cascalhos’ em jazida

A obra da engorda da praia de Ponta Negra foi paralisada na última terça-feira 3, menos de uma semana após ser iniciada, porque a Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec) encontrou “cascalhos” na jazida de onde começou a ser retirada a areia para a realização do projeto.

Contratada pela prefeitura para prestar assessoria técnica à obra, a Funpec recomendou a interrupção na obra por ao menos 7 dias, para fazer análise laboratorial do material que começou a ser extraído pela draga. O banco de areia fica a cerca de 7 quilômetros da costa de Natal, em frente ao Farol de Mãe Luiza.

Em entrevista ao G1, o diretor-geral da Funpec, Aldo Dantas destacou que foram identificados “alguns problemas com relação à jazida”. Segundo ele, o material que começou a ser retirado da jazida e levado à praia “não é adequado para ser jogada na praia”. Segundo o diretor, os pesquisadores encontraram o que eles popularmente chamam de “cascalhos” nos primeiros sedimentos retirados.

O diretor explicou que a Funpec solicitou uma pausa para fazer uma análise e constatar se a jazida é adequada para fazer a obra da engorda. O estudo vai analisar a qualidade e a quantidade do material.

Segundo Aldo Dantas, caso seja um problema em algum ponto específico da jazida, o trabalho deve seguir utilizando sedimentos de outra parte desse mesmo banco de areia. Mas ele não descarta que haja necessidade de encontrar outra jazida para retirar a areia.

Em nota, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema) informou que ainda não foi comunicado oficialmente a respeito da paralisação da obra. Foi o Idema que licenciou a obra, em agosto.


“O órgão reforça que a análise técnica realizada pelo órgão ambiental está embasada nos documentos entregues pela proponente da obra, a Secretaria de Infraestrutura do Município de Natal (Seinfra)”, destacou o Idema.

O Idema acrescentou que o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) apresentado pela Prefeitura de Natal apontou em sua página de número 50 a existência de uma jazida de empréstimos de sedimentos arenosos “considerada compatível para a execução da obra de engorda”.

“Essa compatibilidade, evidenciada no documento, assegurou a viabilidade técnica e ambiental do projeto”, destacou o órgão ambiental do Governo do Estado

Escreva sua opinião

O seu endereço de e-mail não será publicado.