Paulinho rebate Gonçalves e defende impeachment
O deputado federal Paulinho Freire (União Brasil), que está na disputa pela eleição da Prefeitura de Natal, desmentiu, com fortes críticas, o deputado federal Sargento Gonçalves (PL), que o acusou de se posicionar contrário ao impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes por abuso de poder. Gonçalves foi as redes sociais dizer que Paulinho não assinou o pedido de impeachment que foi protocolado no Senado.
“Quero reafirmar meu compromisso. Sou a favor do impeachment e sou a favor também de lealdade. Não entendo como um deputado federal dissemina desinformação. Devia honrar pelo menos o mandato dele, já que não se elegeu com os votos dele”, disse Freire, reforçando seu posicionamento favorável ao impedimento do ministro.
Gonçalves divulgou nas suas redes sociais que buscou informações na assessoria da oposição no Congresso e que obteve a resposta de que apenas o ele e o deputado General Girão (PL) dentre os oito deputados potiguares em Brasília assinaram o documento. “Infelizmente, o deputado e candidato à prefeitura de Natal, Paulinho Freire, não teve a coragem de assinar o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes. Em um momento tão sombrio para o nosso país, onde a liberdade do povo brasileiro está em risco, é lamentável ver que nem todos estão dispostos a defender o que realmente importa”, publicou Gonçalves.
No entanto, Freire o acusou de disseminar uma narrativa falsa. “Quando achamos que o ser humano chegou ao seu limite, o deputado federal camaleão Sargento Gonçalves dissemina uma ideia errônea nas redes sociais. O deputado Girão me pediu para botar meu nome na lista e eu o autorizei. Estou em Natal na campanha e não pude ir assinar o documento em Brasília”, esclareceu.
Ele explicou que o processo de impeachment de qualquer ministro é prerrogativa do Senado e que os deputados apenas assinaram o documento, demonstrando seu posicionamento e como forma política de pressionar os senadores.
O pedido já foi entregue na segunda-feira (9) ao presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) por senadores e deputados federais que fazem oposição ao governo Lula. Eles pressionam para que Pacheco avance com o processo de destituição do ministro do STF. Essa análise cabe ao presidente, que prometeu tomá-la baseando-se em critérios técnicos e políticos, inclusive com a análise da Advocacia Geral do Senado. Até aquela ocasião, uma petição virtual contava com 1,4 milhão de assinaturas defendendo a iniciativa.
Para Paulinho, o comportamento do deputado Gonçalves está ligado ao interesse de prejudicar seu desempenho na campanha, já que ele defende a candidatura de Carlos Eduardo Alves (PSD), contrariando as orientações do seu partido, o Partido Liberal (PL), que está apoiando a candidatura dele agora e numa aliança para 2026.
“Isso também faz parte do desespero de Carlos Alves, o prefeito do atraso. Estamos crescendo nas pesquisas e o desespero chegou. A vontade do deputado Gonçalves de eleger alguém de esquerda é tão grande que acho que ele está voltando atrás dos tempos que ele era do PC do B”, relembrou Freire.
No começo dos anos 2000, quando iniciou sua militância política em Natal, Sargento Gonçalves ingressou no PCdoB, partido de esquerda e em seguida migrou para legendas mais conservadoras.
General Girão sai em defesa de Paulinho Freire
Parlamentares se posicionaram contra as acusações que ele fez ao Paulinho. “Confirmo que o deputado federal Paulinho Freire assinou o primeiro documento do ministro Alexandre de Moares”, respondeu o general Girão em uma postagem.
“Quem segue nosso líder JMB, acompanha seu voto em Paulinho. Não se deixem enganar”, escreveu o deputado estadual Coronel Azevedo (PL), referindo-se ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
O presidente do PL em Natal, coronel-aviador Hélio Oliveira, também saiu em defesa de Paulinho.
“Como Presidente do PL Municipal, venho a público informar que é lamentável o posicionamento do Deputado Federal, Sargento Gonçalves. Hoje foi mais um trágico movimento dele e do seu gabinete com relação ao impeachment de ministros do STF”, disse ele.
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