Cantor Leandro Lehart, do Art Popular, é condenado à prisão por estupro e cárcere privado

Em decisão da última sexta-feira, 9, o cantor Leandro Lehart foi condenado pelos crimes de estupro e cárcere privado. A pena fixada é de nove anos, sete meses e seis dias, a ser cumprida em regime inicialmente fechado. Como o processo ainda não transitou em julgado, ou seja, a defesa ainda pode apresentar recursos, Leandro poderá recorrer da sentença em liberdade. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) informou que o processo tramita em segredo de Justiça.

Segundo a acusação, em 2019 Lehart teria estuprado sua companheira, também a mantendo trancada em um banheiro de sua residência. O cantor também teria submetido a vítima à situações degradantes e escatológicas. Ele nega todas as acusações.

Leandro Lehart é um dos fundadores do grupo de pagode Art Popular, sucesso dos anos 1990. Também foi diretor do Centro Cultural São Paulo (instituição subordinada à Secretaria Municipal de Cultura) de maio de 2021 a fevereiro deste ano. Em agosto, ele foi convidado pela empresa Disney Brasil para compor uma música em homenagem ao personagem Zé Carioca, que foi lançada na semana passada. Em nota, a Disney Brasil informou que “repreende qualquer tipo de violência, seja física ou verbal. A participação do artista no projeto foi pontual e não há planos de futuras iniciativas com ele”.

Nas redes sociais, o cantor publicou em suas redes sociais nota sobre a decisão. “Meus amores, estou sendo vítima de uma grande injustiça, mas a verdade vai prevalecer em breve. São 40 anos de carreira e 50 anos de vida acreditando na Justiça, e mesmo que ela tarde, ela não falha. E a maldade não prevalecerá nunca. Obrigado por tudo”, escreveu Leandro Lehart.

A postagem, com uma nota de seus advogados que diz que o caso “ainda pende de decisão final, o que impede maiores considerações quanto aos fatos”, foi repercutida pelo perfil do Art Popular que, procurado pela reportagem, utiliza o comunicado como posicionamento oficial do grupo.

A defesa do cantor ainda pode apresentar um novo recurso à terceira instância, no Superior Tribunal de Justiça.

Estadão Conteúdo

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