Grupos de João Campos e Raquel Lyra tratam 2024 como prévia de 2026 em Pernambuco

Os grupos políticos liderados pela governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), e pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB), travam disputas nas eleições municipais com embates nas principais cidades do estado como uma espécie de prévia para 2026.

Nos bastidores, integrantes dos dois grupos reconhecem que a conquista de espaços de poder nas prefeituras é importante para os palanques da próxima eleição.

Raquel Lyra deverá disputar a reeleição, enquanto João Campos é cotado como possível candidato a governador, caso seja reeleito neste ano na capital pernambucana. Pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (19) mostra que o candidato à reeleição pelo PSB tem 76% das intenções de voto e poderia vencer no primeiro turno, com ampla margem sobre os opositores.

A ampla margem de João Campos nas pesquisas tem levado o entorno da governadora a fazer reflexões. Aliados avaliam que Raquel não tem como se contrapor ao prefeito, mas admitem que houve falta de coordenação junto a vereadores e deputados estaduais que pudessem apontar falhas na gestão dele.

O grupo político da governadora tem focado em disputas em cidades de médio e pequeno porte do interior e em outras cidades da região metropolitana do Recife.

O PSB é o partido que tem 76 candidatos a prefeituras em Pernambuco, o maior número dentre todas as legendas, mas o índice caiu em relação a 2020, quando foram 109. O partido abriu mão de outros candidatos em prol dos dois partidos aliados mais próximos, o Republicanos e o União Brasil.

O Republicanos é comandado no estado pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o União tem como principal liderança o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho, candidato a governador derrotado em 2022.

*Informações da Folha de São Paulo

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