Dono da clínica citada por Marçal é acusado de golpe e estelionato
O biomédico Luiz Teixeira da Silva Junior, dono da clínica citada por Pablo Marçal para tentar associar Guilherme Boulos ao uso de cocaína, é acusado de dar um golpe de R$ 140 mil em um contrato com uma assessora de imprensa.
De acordo com as informações que tivemos acesso, a assessoria firmou um contrato com Luiz Teixeira para a prestação de serviços especializados na desindexação de links do buscador Google. Na ocasião, Luiz se apresentou como “médico e proprietário da clínica, advogado e cônsul” e informou que prestava atendimento para alguns famosos, como Pablo Marçal, Deolone Bezerra e Patrícia Abravanel.
No boletim de ocorrência, a vítima informou que o biomédico pontuou que conseguiria retirar links nocivos à imagem de determinadas pessoas da internet. Um outro homem, chamado José Fernando Pinto da Costa, ainda teria ratificado a história, afirmando que ambos já haviam retirado cerca de 10 mil links.
Ainda segundo a profissional, ela já prestava esse tipo de serviço, no entanto, como Luiz Teixeira da Silva afirmou ser cônsul, ele prometeu rapidez para conseguir executar o serviço. Um cliente particular da assessora se interessou pelo serviço e Luiz cobrou a quantia de R$ 70 mil.
As partes, então, firmaram um contrato de R$ 140 mil e a profissional efetuou metade do valor via transferência bancária.
Acontece que, segundo consta no B.O, após o pagamento, a mulher foi bloqueada dos aplicativos de mensagem por ele. Uma notificação extrajudicial chegou a ser enviada ao biomédico. Sem sucesso, ela fez um boletim de ocorrência contra o dono da clínica.
Outras polêmicas envolvendo o dono da clínica
Essa não é a única polêmica de crime envolvendo Luiz Teixeira da Silva. O biomédico, de 44 anos, já foi preso sob a acusação de fraudar e desviar cerca de R$ 20 milhões da área da Saúde, como informado pelo colunista Paulo Cappelli do Metrópoles.
Tanto Luiz quanto a esposa, Liliane Bernardo Rios da Silva, foram alvos da Polícia Federal e da Polícia Civil em 2019, no âmbito da operação Pégaso, que ocorreu no Rio de Janeiro e em São Paulo.
O dono da clínica responsável pelo laudo falso usado por Pablo Marçal contra Guilherme Boulos também é investigado pela Polícia Civil a respeito de um golpe milionário na compra de uma mansão que pertencia ao sobrinho do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB).
E não para por aí. Em 2021, Luiz Teixeira da Silva Junior foi condenado por usar documentos falsos para obter registro profissional de médico. A 22ª Vara Federal de Porto Alegre o considerou culpado e determinou 2 anos e quatro meses de reclusão, a serem cumpridos incialmente no regime semiaberto.
A condenação foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que substituiu a pena por restrição de direitos.
METRÓPOLES
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