Verão de 2025 no RN promete temperaturas mais amenas e chuvas dentro da normalidade
O verão de 2025 no Rio Grande do Norte será menos quente do que o registrado no início de 2024, segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado (Emparn). Em Natal, as temperaturas nos primeiros três meses do ano devem variar entre 31°C e 32°C, enquanto no interior do estado, o calor será mais intenso, com termômetros chegando a 38°C.
De acordo com o meteorologista da Emparn, Gilmar Bristot, as condições climáticas dos oceanos Atlântico e Pacífico indicam um verão com temperaturas mais amenas e chuvas dentro da normalidade. “A ação do fenômeno La Niña, embora fraca, facilita a transição de ventos na região, impedindo que as temperaturas ultrapassem a média esperada para o período”, explicou.
O mês de janeiro, em particular, será mais chuvoso do que dezembro, devido à formação de sistemas meteorológicos transientes que trarão precipitações para todo o estado, especialmente na primeira quinzena. No entanto, Bristot destacou que o comportamento do clima em março ainda depende do aquecimento do Oceano Atlântico Sul e da atuação da zona de convergência intertropical.
Um contraste com 2024
O ano de 2024 foi marcado como o mais quente em décadas no Brasil, com uma média nacional de 25,02°C, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). No Rio Grande do Norte, a temperatura média chegou a 27,01°C, com Mossoró registrando 40,3°C no dia 10 de janeiro, o maior índice do estado. A influência do fenômeno El Niño contribuiu para o aumento das temperaturas em 2024, em contraste com o impacto mais moderado do La Niña previsto para 2025.
Mudanças percebidas pela população
Moradores do estado relatam dificuldades para lidar com o calor, especialmente em regiões urbanas. Luan Filipe, estudante de biologia, atribui o aumento das temperaturas às mudanças climáticas globais e ações humanas, como o desmatamento e a emissão de dióxido de carbono. “Até as noites estão mais quentes. Tenho me hidratado mais e evitado horários de maior incidência solar”, comentou.
Já Natália Medeiros, corretora de imóveis, mencionou o impacto no dia a dia. “Nem sempre o ar-condicionado no carro é suficiente para amenizar o calor. Para aliviar, aumentei a ingestão de líquidos e uso protetor solar diariamente”, relatou.
Além de fatores globais, a retirada de cobertura vegetal e a ocupação desordenada das cidades também influenciam a variabilidade climática no estado, segundo especialistas. Apesar disso, o verão de 2025 traz expectativas de condições menos extremas e maior conforto térmico em relação ao ano anterior.
Escreva sua opinião
O seu endereço de e-mail não será publicado.