Ministros de Temer são citados na Lava Jato
Um dos nomes que vão compor o governo do presidente interino da República, Michel Temer (PMDB), está sob investigação da Operação Lava Jato: o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que deve ocupar a pasta de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, suspeito de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Já Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), da Fazenda, que não tinha foro privilegiado até então, teve seu processo arquivado. Ele era suspeito de ter recebido R$ 11 milhões em doações eleitorais de empresas investigadas.
Além dos dois, outros ministros foram citados na operação que apura lavagem de dinheiro e desvio de recursos da Petrobras. Veja:Eliseu Padilha (PMDB-RS), Ministro-chefe da Casa Civil: segundo delação do ex-senador Delcídio Amaral, Padilha o indicou para ser diretor de Gás e Energia da Petrobras em 1999.
Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), Ministro-chefe da Secretaria de Governo: a Polícia Federal (PF) apreendeu mensagens que revelam que Lima teria usado sua influência para favorecer interesses da construtora OAS dentro do banco Caixa, na Secretaria de Aviação Civil e na prefeitura de Salvador.
Bruno Araújo (PSDB-PE), Ministro das Cidades: o deputado federal, que foi responsável por dar o voto decisivo para autorizar o prosseguimento do processo de impeachment de Dilma Rousseff para o Senado, foi citado na lista da Odebrecht apreendida em março pela PF de doações a políticos. As citações são referentes à campanha eleitoral a deputado federal em 2010 e prefeitura de Pernambuco em 2012. Segundo Araújo, as doações foram repassadas oficialmente por seu partido.
Mendonça Filho (DEM-PE), Ministro da Educação e Cultura: o deputado federal também foi citado na planilha da Odebrecht. De acordo com Mendonça, as doações foram legais e repassadas pelo Democratas, que prestou contas à Justiça Eleitoral.
Osmar Terra (PMDB-RS), Ministro do Desenvolvimento Social e Agrário: o deputado federal foi citado pelo empreiteiro Léo Pinheiros, ex-presidente da OAS, em mensagens de seu celular apreendidas pela PF.
Ricardo Barros (PP-PR): o nome do deputado federal apareceu nas planilhas da Odebrecht ao lado do nome Maringá, que se refere à campanha de Roberto Pupin, seu aliado, de 2012 a prefeitura da cidade. Segundo Barros, Pupin não recebeu doação direta de empresas do grupo Odebrecht.
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