A Festa de Santana de 1988 até 2017 em Caicó – “A Transformação”

Em 1988, antes da nova Constituição Federal Brasileira ser promulgada, a Festa de Santana de Caicó jazia na economia e na cultura da cidade os seus benefícios.

Lembro com saudades dos Parques Lima e Santa Rita tomando conta da Avenida Seridó, tomando sentido à Rua Felipe Guerra, circundante a Praça do Coreto com os barracos despachando bebidas e comidas, além, de ser o ponto de encontro da juventude.

Surgiu também o famoso “Pavilhão de Santana”, com o oligárquico jantar de abertura, da festa e, as serestas dançantes que ali seguiam por toda a festa. E na quinta-feira, único festejo diurno, a tradicional “Feirinha de Santana”.

Ontem, acordei pela madrugada com nostalgia. Recordando quando morei com meus pais numa residência em frente a praça do Coreto, sendo acordado pela encantadora Banda de Música – A furiosa, tocando seus dobrados do Cisne Branco ou Batista de Melo, findando no patamar do oitão da Catedral com o hino de Santana.

Era muito bom jogar laça laça e ganhar uns trocados, tomar sorvete de água com corante naquelas máquinas faz na hora, e andar na roda gigante ouvindo o som da difusora tocando o sucesso internacional de Air Suply.

O tempo passou e veio a Ilha de Santana, e tudo mudou. Os parques deixaram as ruas e mudaram os brinquedos, o coreto virou só mais uma opção, a feirinha se dividiu e o estrondo do Monsenhor Antenor sumiu.

Felizmente, o último domingo de festa ainda reverência a magnitude da fé, trazendo o povo do Seridó as ruas do coração de Caicó. A maioria veste branco, alguns andam descalços, outros vestem-se de franciscanos, ou ainda é possível ver alguém com uma pedra na cabeça pagando promessas.

Um detalhe nunca esqueço, dos incensos a frente da procissão, com seu perfume a abençoar por Santana e Jesus a mais um ano de existência do nosso Caicó.

Salve Santana, Salve a Senhora do Rosário, Salve Jesus Cristo, Salve o povo de Caicó!

Por: Professor Rômulo Targino