Anvisa mantém autorização de uso da Pfizer para vacinar adolescentes
Foto: Michael Melo/Metrópoles
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou, nesta quinta-feira (16/9), que está investigando se a morte de um adolescente de 16 anos dias após a aplicação da primeira dose da vacina da Pfizer contra a Covid-19 tem relação com a imunização. No entanto, a agência declarou que, até o momento, “não existem evidência que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina”.
A morte investigada é de uma adolescente de 16 anos de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, ocorrida em 2 de setembro, oito dias após a jovem tomar a vacina. Ainda não há evidências para ligar a morte à vacina ou para descartar a relação.
“No momento, não há uma relação causal definida entre este caso e a administração da vacina. Os dados recebidos ainda são preliminares e necessitam de aprofundamento para confirmar ou descartar a relação causal com a vacina”, informa a nota oficial, publicada no site da agência.
“A Anvisa já iniciou avaliação e a comunicação com outras autoridades públicas e adotará todas as ações necessárias para a rápida conclusão da investigação”, diz o texto.
Essa reação adversa grave foi citada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, entre os argumentos para interromper a vacinação de adolescentes no Brasil, com impacto inclusive para aqueles que já tomaram uma dose.
“Além de estabelecer contato com as sociedades científicas, a fim de intensificar a identificação precoce dos casos de eventos adversos graves pós-vacinação de adolescentes, a Anvisa realizará reunião com a empresa Pfizer e os responsáveis pela investigação do caso no Estado e CIEVS Nacional para obter mais informações. A Anvisa ressalta que todas as vacinas autorizadas e distribuídas no Brasil estão sendo monitoradas continuamente pela vigilância diária das notificações de suspeitas de eventos adversos”, diz ainda a nota oficial.
A Anvisa aprovou a utilização da vacina da Pfizer para crianças e adolescentes entre 12 e 15 anos em 12 de junho de 2021.
“No que diz respeito à segurança e, mais especificamente, a eventos cardiovasculares, foram observados casos muito raros (16 casos para cada 1 milhão de vacinados) de miocardite e pericardite após vacinação. Os casos ocorreram com mais frequência em homens mais jovens, após a segunda dose da vacina e em até 14 dias após a vacinação. Foi observado que, geralmente, são casos leves e os indivíduos tendem a se recuperar dentro de um curto período após o tratamento padrão e repouso. Não houve relatos de casos de infarto. Os alertas sobre potenciais ocorrências de miocardites e pericardites foram incluídos em bula, após as ações de monitoramento realizadas pela Anvisa”, explica a Anvisa. POR METRÓPOLES
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