Apodi: Empresário e oito frentistas têm a prisão decretada por omissão de fatos que envolve vereador presidente do legislativo local
A Justiça Estadual decretou nesta terça-feira, 26, a prisão preventiva de oito frentistas do Posto Gonzaga Melo e do empresário Terceiro Melo, no município de Apodi.
O decreto de prisão preventiva ocorreu porque os oito frentistas mentiram e omitiram informações quando interrogados pelos promotores de Justiça quando investigam desvios de recursos públicos na Câmara Municipal de Apodi, ocorridos através de abastecimentos de carros particulares com recursos públicos.
Para garantir que não seria enquadrado pelos promotores, realizou diligência junto aos frentistas para não confirmarem que abasteciam mediante “ordens” escritas por ele.
Oito dos nove frentistas seguiram as ordens e um se negou, tendo contado a verdade em detalhes. Revelou que João Evangelista comandava o esquema desde 2013. Evangelista teria abastecido o próprio carro (L200), nos anos de 2013 e 2014, com 2.501 litros de diesel e pago com recursos públicos.
O carro da Câmara é um Uno que funciona a gasolina e, além disto, abasteceu motos, carros de particulares do irmão e outros veículos, tudo pago com recursos públicos destinados pela Prefeitura para a Câmara Municipal de Apodi.
Diante dos fatos dos desvios e da interferência clara do presidente da Câmara nas investigações, os promotores pediram a prisão preventiva dele e dos frentistas que mentiram.
Entretanto, será que os oito frentistas não teriam sido demitidos caso não tivessem seguido as “orientações” para mentir ou omitir informações ao Ministério Público Estadual? E se foram intimidados ou orientados a mentir ou omitir, isto é fato suficiente para justificar o decreto de prisão preventiva dos oito frentistas?
E/ou estas “orientações” aos frentistas não seriam na realidade mais elementos fortes, contundentes para o decreto de prisão preventiva contra o vereador do João Evangelista?
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