Após a rejeição da proposta do governo, os professores da UFRN decidem manter a greve

Após o plebiscito realizado de 8h de ontem às 17h desta quinta-feira (23), conforme prevê o Estatuto do ADURN – Sindicato da categoria – os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) decidiram manter a greve.

A consulta recebeu a participação de cerca de 1.826 professores. De esses, 53,07 por cento se posicionaram contra a proposta, enquanto 45,34 por cento se posicionaram a favor. 1,59% dos votantes se abstiveram de votar. Nesta sexta-feira (24), o PROIFES-Federação receberá um ofício informando a decisão do plebiscito.

Segundo Adurn, os docentes responderam à seguinte pergunta: “A Assembleia Geral, reunida no dia 21 de maio, decidiu pela rejeição da proposta do Governo apresentada no dia 15 de maio. A Assembleia Geral considerou que o reajuste nominal de 0% (2024), 9% (2025), 3,5% (2026), e os reajustes nos steps não atendem às demandas e aprovou o encaminhamento de pedido de reabertura de negociação. Você está de acordo com a decisão da Assembleia, de rejeição da proposta do governo?”. Foram apresentadas na tela três opções de resposta: “sim”, “não”, e “abstenção”.

Todos os docentes da ativa, sindicalizados ou não, puderam participar. A greve em andamento é apontada pela categoria como saída para quase sete anos sem diálogo entre os servidores públicos e o Governo Federal. Somente em fevereiro de 2023 foi retomada a mesa de negociação. Além desta, duas outras mesas foram abertas com impacto direto na categoria docente, para discutir reajuste salarial, carreira, e a revogação de medidas adotadas nos últimos anos que comprometem a qualidade do ensino, pesquisa e extensão nas instituições federais de ensino.

Neste mês de maio, o Governo acatou parte da contraproposta dos docentes relacionada à reestruturação da carreira, mas manteve o reajuste linear em 9% para 2025 e 3,5%, em 2026.

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