Avião Il-76 desaparece do radar e gera especulação sobre o destino do ditador sírio Bashar al-Assad

Um Ilyushin Il-76, operado pela Syrian Air, desapareceu do rastreamento de voos, gerando especulações sobre o destino do ditador sírio Bashar al-Assad. Após uma rápida ofensiva dos rebeldes chegar às imediações de Damasco em 7 de dezembro, relatos sugerem que Assad teria deixado a capital, mas seu paradeiro exato permanece desconhecido.

Informações não confirmadas indicam que Assad poderia estar a bordo do avião Il-76 (de registro YK-ATA) que partiu de Damasco às 1h55 UTC do dia 8 de dezembro, operando como voo Syrian Air 9218. 

Após a decolagem, o voo se dirigiu inicialmente para leste em direção à fronteira Síria-Iraque, antes de mudar para nordeste em direção à costa mediterrânea da Síria, onde a Rússia mantém uma base naval estratégica no porto de Tartus.

O voo 9218 decolou sem destino listado e, de acordo com dados disponíveis, sobrevoou diretamente Homs, sob controle rebelde, antes de reverter seu curso ao sobrevoar a cadeia montanhosa costeira da Síria. O sinal do avião desapareceu às 2h32 UTC, menos de uma hora após a decolagem.

Não está claro se a aeronave simplesmente parou de transmitir ou se algum incidente desconhecido forçou seu pouso. 

Dados do sistema FlightAware mostraram que o voo alcançou uma altitude máxima de 23.650 pés por volta das 2h10 UTC, antes de entrar em descida constante. Entre 2h10 e 2h32 UTC, o avião registrou uma taxa de descida máxima de 2.429 pés/min, com a velocidade do ar diminuindo rapidamente de 442 nós (819 km/h) para menos de 86 nós.

Nos dois minutos finais do voo, houve uma desaceleração constante e perda de altitude, finalizando com altitude de 8.725 pés e velocidade de apenas 34 nós.

Ao FlightGlobal, o FlightRadar24 confirmou a realização do voo Il-76, indicando que o dado transmitido oferece um bom indicativo do ocorrido. No entanto, a empresa apontou que a aeronave era antiga, equipada com um transponder de geração anterior, possivelmente gerando dados imprecisos, além do voo ter ocorrido em área de interferência de GPS.

Ainda não há certezas sobre a conexão entre o voo e o desaparecimento de Assad. No entanto, combatentes rebeldes declararam Damasco “livre de Assad”. 

A Embaixada da Rússia na Síria exortou seus cidadãos a deixarem o país devido à “situação militar e política difícil”, enquanto o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, comentou a ofensiva rebelde, afirmando que Washington não deve se envolver na situação.

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