Bancada da Bala desafia consenso

Do Jornal do Brasil – Matéria publicada neste sábado (2) no El País, conta que o soldado da Polícia Militar de São Paulo Anderson Silva Silva, de 32 anos, estava com amigos em um bar de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, quando três homens se aproximaram em duas motos e anunciaram o assalto. Silva reagiu, sacou sua pistola e foi baleado duas vezes. Chegou morto ao hospital.

O triste caso do jovem, PM experiente e treinado no manejo de armas de fogo, é uma gota em oceano de casos semelhantes -—o site de buscas Google registra mais de 500.000 ocorrências para os termos “policial morre após reagir a assalto”. No entanto é precisamente isso que os deputados da bancada da bala, nome dado ao grupo de parlamentares ligados aos interesses dos fabricantes de armamentos, querem que o cidadão comum – sem experiência em combate– faça: reaja e atire de volta. Ou morra tentando.

A reportagem fala que em outubro de 2015 uma comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou um relatório que na prática acaba com o Estatuto do Desarmamento, que entre outras coisas proibia o porte de armas para pessoas que não agentes da lei.

O relator da matéria, Laudivio Carvalho (PMDB-MG), defendeu o texto, afirmando que a mudança – que ainda precisa ser aprovada no plenário da Câmara e no Senado – vai evitar que a população seja “refém de delinquentes”. No entanto, não existe nenhum estudo científico ou especialista da área que estabeleça a relação entre aumento no número de armas e queda do número de assaltos. “Até policiais treinados morrem reagindo”, afirmou Bruno Langeani, coordenador de do Instituto Sou da Paz.

1 Comentário

Marcus Lino

jan 1, 2016, 12:56 pm Responder

Totalmente equivocada essa matéria. Todos os estudos sérios já realizados nesse assunto são unânimes em afirmar que quanto mais armas na posse responsável de pessoas preparadas, menores os índices de criminalidade. No caso da ONG Sou da Paz, todos, absolutamente todos, os seus “argumentos” já foram desmascarados em debates públicos. Mais detalhes, ver site do Movimento Viva Brasil: http://www.mvb.org.br

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