Brasil só empata com fraco Iraque e corre risco de “vexame olímpico”
A seleção olímpica do Brasil voltou a decepcionar. Neste domingo (7), conseguiu a proeza de ficar no 0 a 0 com o fraquíssimo Iraque. Continua sem vencer, sem fazer gols, sem jogar futebol. E tem até ameaçada a sua classificação para as quartas de final dos Jogos do Rio-2016. Para não correr riscos e continuar a sonhar com o ouro, tem de vencer a Dinamarca — líder do Grupo A com 4 pontos depois de bater a África do Sul por 1 a 0 –, nesta quarta-feira (10), na Arena Fonte Nova, em Salvador.
A torcida bem que procurou ser parceira no primeiro tempo. Incentivou praticamente o tempo todo, até mais do que na estreia, e vaiou bastante a cera dos iraquianos. O problema é que a seleção não ajudou. O time voltou a repetir erros do jogo contra a África do Sul. O meio de campo jogou muito espaçado, a defesa falhou nos cruzamentos, Felipe Anderson continuou desaparecido. Pelo menos Zeca apoiou mais e Renato Augusto teve mais participação.
Na frente, Gabriel Barbosa, sobretudo, e Gabriel Jesus ao menos procuraram se movimentar mais. Neymar, porém, ficou muito pela esquerda e voltou querer resolver sozinho. Mas o grande pecado da seleção foi cair na provocação dos iraquianos. Desde o início deixaram claro que um empate para eles seria maravilhoso e para tentar buscá-lo passaram a enervar os brasileiros com muita catimba, cera e faltas violentas.
Resultado: várias discussões em campo, entre os técnicos (Rogério Micale bateu boca com Alghazali), Neymar dando um bico na bola após a enésima queda em campo dos iraquianos…
Nervoso e apressado, e descontrolado, o time de novo não conseguiu chegar, na primeira etapa, ao “detalhe” do gol. E saiu vaiado, apupo que começou aos 47 minutos quando Gabriel Jesus, que concluiu quatro vezes e a bola não entrou, errou lance bobo. É verdade que Renato Augusto acertou a trave. Mas o Iraque acertara antes, em um lance em que Marquinhos e o goleiro Weverton falharam.
Segundo tempo
Assim, como fizera na estreia, Rogério Micale apelou para seu plano B. Desta vez, já no intervalo, colocando Luan no lugar de Felipe Anderson. O problema é que, com o 4-4-2, ficou um espaço imenso entre o meio de campo e o ataque. O treinador percebeu o erro e com nove minutos abandonou o plano alternativo. Rafinha entrou para recompor o meio no lugar de Gabriel Jesus, que saiu vaiado e deve perder o lugar no time.
Mas a paciência da torcida acabara. Renato Augusto passou a ser vaiado a cada toque na bola. Logo os apupos passaram a ser pra todo o time. E o descontentamento foi simbolizado por um refrão: “Olê, olê, olá, Marta! Marta!” Nesta Olimpíada, são as mulheres que estão jogando futebol.
Já o Brasil, até gol sem goleiro continua perdendo. Neste domingo foi a vez de Renato Augusto, nos acréscimos. E olha que o árbitro deu sete minutos a mais. Só aumentou o sofrimento. E, no fim, a torcida saudou quem mereceu aos gritos de “Iraque, Iraque!”. Thiago Maia não joga contra a Dinamarca. Levou cartão amarelo, seu segundo, com 16 minutos de partida e terá de cumprir suspensão.
Grupo B
Na Arena Amazônia, em Manaus, neste domingo, aconteceu a segunda rodada do Grupo B, que cruzará com a chave do Brasil nas quartas de final. Quem se deu bem foi a Nigéria, que derrotou a Suécia por 1 a 0, manteve os 100% de aproveitamento com seis pontos e já está classificada como a primeira colocada.
Na sequência, Japão e Colômbia empataram por 2 a 2 e o resultado colocou os sul-americanos em segundo lugar, com dois pontos. Japoneses e suecos dividem a terceira colocação com um ponto cada. Na última rodada, nesta quarta-feira, os jogos serão Colômbia x Nigéria e Suécia x Japão.
Gazeta do Povo
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