Cabo PM é assassinado em fim de semana marcado por violência no RN
Em um novo fim de semana violento no Rio Grande do Norte, um cabo da PM (Polícia Militar) foi morto a tiros no bairro Rocas, em Natal, na tarde deste domingo (7).
Até o fim da tarde desse domingo, 13 mortes foram registradas entre sábado e domingo no Estado. O Rio Grande do Norte sofre com paralisação parcial das polícias e patrulhamento de forças federais há 19 dias.
O policial assassinado foi Carlos Alberto Araújo da Costa. Ainda não há informações sobre o que poderia ter motivado o crime, mas sabe-se que um carro se aproximou da vítima e disparou várias vezes contra ele. O militar morreu no local. Ele era lotado na Companhia Independente de Policiamento Turístico.
O assassinato foi o primeiro de militar desde o início do aquartelamento dos policiais, dia 19 de dezembro. Os policiais civis estão também em paralisação parcial de serviços desde o dia 20. Eles cobram o pagamento de salários atrasados e melhores condições de trabalho.
Ao todo 17 policiais militares foram mortos em 2017. Ainda não havia nenhum registro neste ano.
Fim de semana violento
O domingo já registra seis assassinatos, e o número é próximo do deste sábado (6), quando foram sete mortes.
Segundo o Obvio (Observatório de Violência Letal Intencional), ligado à Ufersa (Universidade Federal Rural do Semi Árido), o sábado foi o dia com o maior em mortes violentas desde o dia 30 –quando foram registrados 10 assassinatos. As Forças Armadas começaram a atuar dia 29, mas apenas no dia 31 começaram a atuar com todos os 2.800 homens. O decreto federal prevê a permanência das tropas até o dia 12, mas o governo pode pedir renovação.
Desde a chegada completa das tropas das Forças Armadas, o Rio Grande do Norte registrava, até a sexta-feira (5), uma média de 4,7 mortes por dia. Neste fim de semana, essa média já é de 6,5 mortes.
Calamidade
No sábado (6), o governador Robinson Faria (PSD) decretou estado de calamidade na segurança por conta do aumento da violência e paralisações das polícias.
Desde o início do aquartelamento dos militares, segundo o Obvio, pelo menos 129 pessoas foram assassinadas no Rio Grande do Norte.
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