CAERN: O papel do esgotamento sanitário para o desenvolvimento econômico
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera o saneamento básico como fundamental para combater as desigualdades sociais. Dessa forma, para alcançar o desenvolvimento econômico e social, uma cidade precisa investir em gestão de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo dos resíduos sólidos (lixo) e drenagem urbana.
Como já vimos nas reportagens anteriores, sobre saúde e educação, o esgotamento sanitário está diretamente ligado à qualidade de vida da população. Logo, o investimento no setor possibilita o aumento da geração de emprego e renda.
Assim como a falta de coleta e tratamento de esgotos afeta a educação prejudicando a frequência escolar, o mesmo acontece no mercado de trabalho. Quando a saúde do adulto é comprometida pelas Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI) há o afastamento do trabalho, o que impacta a produtividade e geração de receitas. Portanto, garantir o devido tratamento do esgoto é necessário para que uma cidade tenha população saudável e apta para o crescimento econômico, trabalho e geração de renda. Esse reflexo melhora significativamente os indicadores de desenvolvimento econômico e social.
“A falta de um sistema de esgotos influi diretamente na instabilidade política, social e econômica. O esgotamento é absolutamente fundamental para o desenvolvimento não só econômico, mas também social. Assim desenvolvimento econômico e saneamento têm que caminhar juntos”, aponta o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Flávio Azevedo.
A universalização do saneamento básico é imprescindível para o alcance do desenvolvimento econômico. Em Natal, o Governo do Estado, através da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), realiza a obra que vai torná-la a primeira capital do país 100% saneada.
Dois setores são amplamente beneficiados com um sistema de esgotamento. São eles: o turístico e o imobiliário. Uma cidade sem esgoto à céu aberto se torna muito mais atrativa para os turistas como é o caso de Natal, cheia de belezas naturais. Além disso, o valor dos imóveis é elevado propiciando à especulação imobiliária.
Não menos importante, o benefício econômico que o esgotamento traz para a construção civil merece ser lembrado. A permissão de construção de moradias em locais com Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) movimenta o setor e cria novas oportunidades de negócios. O saneamento básico é um recurso primordial do desenvolvimento econômico e social, no mesmo nível da saúde e educação, a obra de esgotamento sanitário em Natal é a janela para o desenvolvimento local. Nenhuma cidade bem desenvolvida tem carência deste serviço.
O desenvolvimento econômico é formulado a partir de uma conjugação de fatores e depende de uma economia estável. Para o cidadão ter acesso ao esgotamento é uma questão de dignidade. Um indivíduo com condições de higiene tem mais chances de aspirar uma vida melhor com maior poder aquisitivo para movimentar a economia.
“A obra de saneamento em Natal é um fator essencial para o desenvolvimento econômico e social da cidade. As obras em andamento de coleta de esgoto e obra das ETEs (Estação de Tratamento de Esgoto), que complementam a infraestrutura necessária para o devido tratamento dos esgotos, levarão à melhoria da qualidade de vidas das pessoas, sobretudo na saúde infantil com redução da mortalidade infantil, melhorias na educação, na expansão do turismo, dentre outros investimentos. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) registrará uma elevação na qualidade de vida na nossa capital”, avalia Larissa Dantas Gentille, Vice Presidente do Sindicato da indústria da construção civil (SINDUSCON).
“Uma cidade 100% saneada assume um lugar diferenciado para análise de qualquer investimento. Um empresário quando vai investir não investiga só a capacidade de geração de negócios em um determinado local. Mas também os índices sociais como saúde, educação e renda”, afirma o secretário.
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