Câmara aprova projeto de lei que torna as escolas serviços essenciais
Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quarta-feira (21) o projeto de lei (PL 5595/20) que proíbe a suspensão de aulas presenciais durante pandemias e calamidades públicas, exceto se houver critérios técnicos e científicos justificados pelo Poder Executivo quanto às condições sanitárias do estado ou município. O PL torna a educação infantil, os ensinos fundamental e médio e a educação superior serviços essenciais, que aqueles que não podem ser interrompidos durante uma pandemia. A discussão e votação demoraram cerca de sete horas até a aprovação no plenário da Casa.
O texto, que segue agora para o Senado, prevê ainda, como estratégia para o retorno às aulas, critérios como prioridade na vacinação de professores públicos e funcionários de escolas públicas e instituições e a prevenção ao contágio de estudantes, profissionais e familiares pelo novo coronavírus. Esse retorno deve ter ações pactuadas entre estados e municípios, com participação de órgãos de educação, saúde e assistência social.
O projeto define parâmetros de infraestrutura sanitária e disponibilização de equipamentos de higienização e proteção, incluindo máscaras, álcool em gel 70%, água e sabão, nos momentos de recreio, de alimentação e no transporte escolar.
“Apesar dos esforços das redes estaduais e municipais para a oferta do ensino remoto, os prejuízos à aprendizagem de crianças e adolescentes, notadamente os mais pobres e vulneráveis, têm sido imensos pela suspensão das aulas presenciais. E mesmo com a adoção do ensino remoto, há estudos realizados em diversos países sobre os efeitos da pandemia de covid-19 na educação que evidenciam perdas relevantes de aprendizagem ”, argumentou a deputada Joice Hasselman (PSL-SP), autora do substitutivo.
Críticas
Parlamentares de diversos partidos de escolha obstruíram os trabalhos durante a votação por votação contra a volta durante a segunda onda de pandemia de covid-19. Na avaliação da professora deputada Rosa Neide (PT-MT), é necessário discutir o aumento de tecnologia e equipamentos para que os professores e alunos recuperem o tempo perdido durante o período de aulas paralisadas.
“Estamos no ápice da pandemia. Temos mais de 360 mil mortos. Há muitos profissionais da educação que já perderam a vida, mesmo com aula remota e fazendo algumas atividades presenciais ”, afirmou a deputada Rosa Neide. “Queremos, sim, vacinas para todos e todas, queremos tecnologia para as escolas, queremos protocolo seguro, e não obrigar profissionais da educação a virem para uma sala de aula para a morte, estudantes levarem o vírus para casa”.
Para a líder do PSOL, deputada Talíria Petrone (RJ), uma discussão deve estar focada no estabelecimento de regras de segurança para viabilizar o retorno às aulas. Segundo a parlamentar, outro projeto de lei conhecimento “critérios epidemiológicos”, “que não colocam em risco nem alunos, nem famílias, nem profissionais de educação”.
“Nós queremos escolas abertas. Queria repetir aqui, queremos escolas abertas, porque entendemos que a escola é lugar fundamental para enfrentar as desigualdades de um país, para a alegria das crianças, para a saúde mental das crianças, para a alimentação das crianças, para compartilhar o cuidado com mães sobrecarregadas , mas não queremos isso a qualquer custo ”, argumentou.
2 Comentários
Escreva sua opinião
O seu endereço de e-mail não será publicado.
DESCONHECIDO
abr 4, 2021, 6:00 pmEu como aluna, não acho que esteja no momento de ter aula presencial! Nós alunos, vamos correr risco de pegar covid-19!
Tem casos em que pessoas se cuidaram e mesmo assim pegou o vírus. Tem ate casos de pessoas que pegaram ate mesmo dentro de casa, por que uma pessoa saiu para ir na farmácia (que só entra uma pessoa) imagine indo para a escola que vai ser mais gente .
João Bernardo
abr 4, 2021, 9:41 pmEu acho que ainda estar me com a taxa de mortalidade alta a taxa de vacinado ainda e muito baixa