Cientistas identificam medicamento que pode aumentar longevidade
Cientistas da Nova Zelândia afirmam ter obtido um progresso importante na busca por aumentar a longevidade do ser humano.
Ao testar em animais de laboratório um medicamento desenvolvido para tratar o câncer de mama, eles descobriram que os animais passaram a viver um pouco mais e ainda apresentaram alguns sinais de serem mais saudáveis na velhice, com melhor coordenação motora e maior força.
O tratamento foi aplicado aos animais a partir da metade do seu tempo de vida esperado e resultou em um incremento na longevidade de cerca de 10%.
Mas nem tudo foram flores: Mesmo mais fortes e vivendo mais, os animais continuaram apresentando alguns marcadores negativos de envelhecimento, como uma redução na massa óssea, que pode levar a fraturas mais frequentes, com queda drástica na qualidade de vida.
O medicamento usado no experimento é o alpelisibe, comercializado sob a marca Piqray.
Contudo, como todo quimioterápico, ele apresenta diversos efeitos colaterais negativos nas pacientes que o tomam para tratar câncer de mama.
“Não estamos sugerindo que alguém deva sair e tomar este medicamento a longo prazo para prolongar seu tempo de vida, uma vez que existem alguns efeitos colaterais. No entanto, este trabalho identifica mecanismos cruciais para o envelhecimento que serão úteis em nossos esforços de longo prazo para aumentar a expectativa de vida e a saúde. Ele também sugere várias maneiras possíveis pelas quais tratamentos de curto prazo com esta droga podem ser usados para tratar certas condições metabólicas de saúde e estamos acompanhando isso agora,” disse o professor Troy Merry, coordenador da equipe.
O mecanismo crucial a que o pesquisador se refere é que o alpelisibe tem como alvo uma enzima chamada PI 3-quinase, que até agora só tem sido pesquisada para tratamentos contra o câncer.
“Portanto, é ótimo ver que essas drogas podem ter uso em outras áreas e revelar novos mecanismos que contribuem para doenças relacionadas à idade. Isso também mostra o valor do investimento de longo prazo em áreas como esta,” disse o Dr. Peter Shepherd, membro da equipe.
Com informações de Diário da Saúde
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