Com formação de blocos, apoio a Rogério Marinho cresce na disputa pela Presidência do Senado
Às vésperas da eleição que escolherá o novo presidente do Congresso Nacional, a disputa para o cargo está acirrada entre dois principais candidatos: o atual presidente e candidato à reeleição, Rodrigo Pacheco (PSD), e o senador Rogério Marinho (PL). Embora, Pacheco tenha o maior número de votos, por outro lado, nos últimos dias, cresce o apoio e adesão à candidatura de Marinho, que conta com o PL (13), o PP (6) e o Republicanos (4). Os três partidos juntos concentram 23 votos.
O pleito acontece nesta quarta-feira (1º). Para vencer, o candidato precisa de, pelo menos, 41 votos favoráveis. Se ninguém atingir esse número, a votação vai para o segundo turno. Também disputa o cargo o senador Eduardo Girão (Podemos-CE).
Pacheco possui o apoio de senadores da base de apoio do governo Lula (PT) e de partidos de centro, enquanto Rogério Marinho, ex-ministro e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deverá contar com os votos da oposição.
O PT (9) e PDT (3), que somam 12 congressistas, já confirmaram estar do lado do presidente do Senado. Também são da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso e, por isso, formam aliança com Pacheco: MDB (10), PSB (2), Rede (1) e Cidadania (1). Com isso, os aliados do candidato à reeleição somam entre 50 e 55 votos.
No entanto, o PL (13), o PP (6) e o Republicanos (4) formaram um bloco para apoiar Marinho. Os três juntos concentram 23 votos.
Praticamente todos os membros do PP declararam voto em Marinho e estão trabalhando para eleger o ex-ministro de Jair Bolsonaro. Cacique do PP, que também integrou o governo Bolsonaro, Ciro Nogueira (PI), afirmou no sábado que a vitória de Marinho “está encaminhada”.
O líder do PL, Carlos Portinho (RJ), disse que vai pedir à bancada que revele o voto, estratégia para angariar apoio dos indecisos na hora da votação. Portinho está confiante e disse que Marinho “tem votos para ganhar”.
O candidato do PL também pode receber votos de parlamentares que, em tese, votariam em Pacheco. Isso, pois, a votação para presidente do Senado é secreta, em cédula de papel, e o senador não é obrigado a revelar seu voto, o que pode gerar muitas traições mesmo dentro de bancadas.
As principais apostas de Marinho são votos de bancadas divididas como as do União Brasil (10), Podemos (5) e PSDB (3). Dentro do União Brasil, Marinho deve levar ao menos quatro votos.
Força dos partidos
Neste sábado (28), a bancada do PSD, partido de Pacheco se tornou a maior do Senado, com 14 senadores, devido à filiação de Mara Gabrilli (SP), que saiu do PSDB.
O posto antes era ocupado pelo PL de Marinho, partido que elegeu mais senadores e que agora é a segunda maior bancada, formada por 13 parlamentares.
No entanto, apesar de liderar em número de senadores, o PSD ainda não divulgou apoio público a Pacheco, que não é consenso entre todos os colegas de legenda.
Nesta sexta-feira (27), a bancada se reuniu, mas não referendou publicamente o nome do mineiro. Uma parte do PSD quer que o partido assuma mais cargos e está descontente com a influência de Davi Alcolumbre (União-AP) na gestão de Pacheco.
Veja como está a divisão dos partidos
Declararam apoio à reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG):
– PSD: 14 senadores;
– MDB: 10 senadores;
– PT: 9 senadores;
– PDT: 3 senadores;
– PSB: 2 senadores;
– Cidadania: 1 senador;
– Rede: 1 senador.
Declararam apoio ao senador Rogério Marinho (PL-RN):
– PL: 13 senadores;
– PP: 6 senadores;
– Republicanos: 4 senadores.
Ainda não se posicionaram:
– União Brasil: 10 senadores;
– Podemos: 5 senadores;
– PSDB: 3 senadores.
Com informações do g1
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