Vídeo: Com números aleatórios e discrepantes, Lula fala da fome do Brasil para o bilionário Bill Gates

O presidente brasileiro disse ao bilionário americano que em 2014 a FAO considerou que o Brasil tinha “acabado com a fome”.

O relatório global da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) indicou que o Brasil saiu do Mapa Mundial da Fome em 2014, mas não o fim da fome.

Relatório do IBGE na época, entretanto, indicou que número de domicílios em situação de insegurança alimentar no Brasil estava caindo, mas ainda existiam cerca de 52 milhões de brasileiros sem acesso diário à comida de qualidade e na quantidade satisfatória.

Lula disse que em 2023 recebeu o governo com 33 milhões de brasileiros com fome. Mas dados da ONU apontavam que o número de pessoas passando fome no país era de 14,3 milhões.

Segundo o relatório, “em 2023 o número de brasileiros em algum grau de insegurança alimentar – que pode ser moderada ou grave, na metodologia da ONU – foi de 39,7 milhões. Números que, apesar de elevados, apontam para uma melhora em relação ao cenário anterior, marcado pelos efeitos da pandemia de covid-19. O relatório anterior, que trouxe dados de 2020 a 2022, apontou que 21,1 milhões de pessoas se encontravam em situação de insegurança alimentar grave no país, de um total de 70,3 milhões de brasileiros com algum nível de insegurança alimentar”.

“O relatório também mostra que a insegurança alimentar no país caiu de 8,5% no triênio 2020-2022 para 6,6% em 2021-2023. Isso significa que cerca de 4 milhões de brasileiros deixaram de se enquadrar nessa condição no período”, de acordo com o IBGE.

O estudo revelou que no “quarto trimestre de 2023, tendo como referência o período de três meses anteriores à data de realização da pesquisa, o Brasil tinha 72,4% (ou 56,7 milhões) dos seus domicílios em situação de segurança alimentar, segundo o módulo Segurança Alimentar da PNAD Contínua. Essa proporção cresceu 9,1 pontos percentuais (p.p.) frente à última pesquisa do IBGE a investigar esse tema, a POF 2017-2018, que havia encontrado 63,3% dos domicílios do país em situação de segurança alimentar”.

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