Na Avenida Washington Soares, o caso ocorreu em um estabelecimento comercial em frente à sede da Cavalaria da Polícia Militar. “Ela é uma mulher esperta, sabe evitar os vigias, faz tudo de forma discreta, mas está causando muita dor de cabeça”, diz o dono do comércio, que não quer se identificar. O cadeado da loja foi obstruído no dia 17 deste mês.

Na Avenida Perimetral, a funcionária de um estabelecimento que vende produtos em mármore diz que todos os seis cadeados dos portões frontais foram obstruídos. “A gente chamou um amigo da oficina mecânica aqui em frente que conseguiu tirar a cola com um maçarico. Outros cadeados foram serrados, e a gente ficou no prejuízo”, conta Maria de Fátima Ferreira.

Três unidades da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, nos bairros Messejana, Lagoa Redonda e Parangaba, também sofreram a ação, que resultou em prejuízos financeiros, afirma o assistente administrativo José Santiago Junior. Ao todo, foram quatro “ataques” às igrejas em semanas seguidas.

Nos casos relatados na Washington Soares e na Avenida Perimetral, os comerciantes descrevem a mulher que aparece em imagens de câmera de segurança como aparentemente grávida. Nas igrejas, Santiago diz não haver o registro de imagens. “Ela está sempre carregando uma caixa, tem um cabelo aparentemente curto e parece estar grávida. É assim em todas as imagens que a gente tem visto aqui e nos vizinhos”, descreve Fátima Ferreira.