Coronavírus: Bolsonaro pede para que manifestações do dia 15 sejam adiadas
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu, em discurso transmitido para a TV e rádio, para que as manifestações do dia 15 sejam adiadas. “Os movimentos espontâneos e legítimos atentem aos interesses da nação. Demonstram o amadurecimento da nossa democracia. Precisam, no entanto, ser repensados. Nossa saúde e de nossos familiares devem ser preservadas.”
“O momento é de união, serenidade e bom senso. Não podemos esquecer, no entanto, que o Brasil mudou. O povo está atento e exige de nós respeito à Constituição e zelo pelo dinheiro público. Por isso, as motivações da necessidade popular continuam vivas e inabaláveis”, completou o presidente no discurso.
Bolsonaro ainda afirmou que o governo está atento ao coronavírus e que é provável que o número de infectados no Brasil aumente nos próximos dias, porém, “sem ser motivo de qualquer pânico”.
Uma hora e meia antes, em sua live semanal no Facebook, Bolsonaro apareceu usando uma máscara. Ele estava ao lado do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e de uma intérprete de Libras, que também utilizavam máscaras.
O presidente desencorajou a população a ir às ruas no domingo e considerou que as manifestações devem ser adiadas para outro momento, “para daqui a um ou dois meses”. “É mais um agrupamento de pessoas. O pessoal fica apavorado, a gente faz depois. Foi dado um tremendo recado para o parlamento.”
“Esse movimento não fui eu que programei, é um movimento popular espontâneo. Reconhecemos a legitimidade do movimento. E o povo na rua, como sempre se manifestou, de forma pacífica, é direito dele. Obviamente, da minha parte, ninguém pode atacar parlamento, legislativo e judiciário”, frisou Bolsonaro.
O presidente explicou por que considera que as manifestações de domingo devem ser adiadas. “Devemos evitar que haja uma explosão de pessoas infectadas, porque os hospitais não dariam vazão a atender tanta gente. Se o governo não tomar nenhuma providência, o sistema não suporta. E problemas acontecem. Acaba morrendo gente por outro motivo e vão dizer que é o coronavírus. Como presidente da República, tenho que tomar uma posição. Se bem que o movimento não é meu, é espontâneo e popular.”
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