Criança perde de ser transplantada com novo coração por falta de avião da FAB
Gabriel tem 12 anos e precisa de um coração novo. Doadores para crianças na fila de espera são raros. Doações de coração, então, são raríssimas.
O órgão é o que tem o menor tempo de isquemia — o menor período em que pode ficar sem irrigação sanguínea nenhuma: quatro horas, o prazo completo para trocar de peito. No primeiro dia do ano, o menino de Brasília teve uma oportunidade real de transplante. O coração novo, porém, não chegou ao Planalto Central.
O órgão surgiu em Pouso Alegre (MG), a menos de mil quilômetros de Brasília, e a oferta foi oficialmente feita pela Central Nacional de Transplantes à central de regulação no Distrito Federal. A equipe que cuida de Gabriel nem embarcou: faltou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para buscar o coração em Minas.
A FAB confirmou ao GLOBO que recebeu o pedido para o transporte do órgão e que “não pôde atender por questões operacionais.” O episódio passou a ser investigado pela FAB: “As circunstâncias envolvidas no caso estão sendo apuradas”, diz nota do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica à reportagem.
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