Crise em Ponta Negra vira destaque no Estadão: “Risco de colapso em cartão-postal”

A crise em Ponta Negra, que ameaça o cartão postal Morro do Careca, ganhou destaque nacional nesta quinta-feira (3). O jornal Estado de São Paulo, o Estadão, manchetou imagens da engorda da praia e apontou que a Prefeitura decretou situação de emergência diante do risco de colapso do Morro. 

“Os principais cartões-postais de Natal, o Morro do Careca, na praia de Ponta Negra, e a Via Costeira, que se estende de leste a sul da cidade, estão sofrendo processo erosivo considerado crônico por especialistas. Na última semana, o avanço das marés acima do normal levou a capital potiguar a decretar emergência por 90 dias”, apontou o texto da matéria, assinado pelo jornalista Ricardo Araújo. 

A matéria do Estadão destaca que medidas emergenciais, como o isolamento do Morro do Careca com sacos de areia, foram adotadas como forma de mitigar o risco de colapso da formação geológica natural. Em paralelo, teve o início a engorda da praia de Ponta Negra e de um trecho da Via Costeira, que promete expandir a faixa de areia em até 100 metros durante a maré baixa.

“O que ocorre na região da praia de Ponta e Via Costeira é um processo erosivo que acomete o Rio Grande do Norte como um todo. Aliás, a grande maioria das praias arenosas do mundo está enfrentando processo de erosão acelerado em razão da emergência climática, das energias oceânicas cada vez mais intensas. Sobretudo as ondas e as correntes”, diz Venerando Eustáquio, professor de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

“As marés também têm se mostrado cada vez mais intensas e chegam ao litoral, onde já estamos, com um processo erosivo instalado há décadas”, acrescenta Eustáquio. Outras cidades costeiras, como Caraguatatuba, em São Paulo, têm erguido até muros no encontro do rio com o mar para evitar mais estragos.

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