Cúpula do clima: Como países ricos estão falhando em suas metas ambientais
Foto: Getty Images
Criticado mundialmente pela aceleração da destruição da Amazônia, o Brasil está acompanhado por parte dos países ricos no descumprimento das metas ambientais firmadas no Acordo de Paris. Relatório de dezembro da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre como os integrantes do G20 têm caminhado para atingir seus compromissos de redução da emissão de carbono até 2030 projeta que Brasil, Estados Unidos, Canadá, Coréia do Sul e Austrália não devem alcançar seus objetivos, caso não adotem medidas ambientais extras.
Além disso, avaliações de organismos e universidades internacionais também apontam que nações desenvolvidas não alcançaram a promessa de atingir repasse de US$ 100 bilhões anuais até 2020 para ações climáticas nos países pobres. Na abertura do encontro virtual, o americano se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 50% a 52% até 2030, em comparação aos níveis de emissões de 2005.
Biden também anunciou que os Estados Unidos têm como nova meta alcançar em 2050 a neutralidade climática (quando as emissões restantes após a redução são totalmente compensadas com medidas ambientais). O compromisso anterior do país era alcançar isso em 2060.
Pressionado a reduzir a destruição da Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro também divulgou novas metas ambientais. O presidente se comprometeu em zerar o desmatamento ilegal até 2030, o que, segundo sua gestão, significará uma redução de quase 50% nas emissões brasileiras. Além disso, acompanhou os EUA na antecipação da meta brasileira de neutralidade climática, de 2060 a 2050.
O anúncio, porém foi recebido com ceticismo por ambientalistas, já que o governo Bolsonaro defende propostas que tendem a elevar a derrubada da floresta, como a legalização da mineração em terras indígenas e a flexibilização das regras de licenciamento ambiental.
O objetivo da cúpula convocada por Biden é justamente ampliar os compromissos firmados no Acordo de Paris, em que 196 países se comprometeram com medidas para evitar que a temperatura do planeta se eleve acima de 1,5ºC em cem anos — meta que ainda está distante de ser cumprida, considerando a evolução atual das emissões globais. Mais informações em BBC NEWS BRASIL
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