De uso de inteligência artificial a vaquinhas falsas online, saiba como golpistas se aproveitam da tragédia no Rio Grande do Sul para lucrar

Em meio à mobilização nacional para ajudar o Rio Grande do Sul, oportunistas se aproveitam para tirar vantagem.

A imagem e a voz do empresário Luciano Hang foram alteradas em um vídeo para roubar dinheiro das pessoas. Na publicação, o dono da Havan disse que venderia todo o inventário de ar-condicionado por apenas R$149. As receitas das vendas seriam doadas para ajudar aqueles que foram afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. No entanto, quem comprou nunca recebeu nada.

Outro vídeo nas redes sociais prometia: “nós vamos doar produtos de nossa loja que sofreram alguma avaria e não podem mais ser vendidos”. Mas, na verdade, eram manipulações de inteligência artificial.

Mais de 5.000 clientes que acreditaram em anúncios falsos apresentaram queixas nos últimos vinte dias, segundo o empresário. Luciano afirma que a empresa já identificou e está trabalhando para derrubar cerca de 600 sites fraudulentos.

Já em uma cobertura de luxo alugada por R$ 30 mil em Balneário Camboriú, Santa Catarina, policiais gaúchos cumpriram mandados na última sexta-feira. O alvo principal era um adolescente de quinze anos de idade.

As investigações indicam que ele pretendia ajudar os desabrigados das chuvas por meio da criação de vaquinhas virtuais, mas o dinheiro foi desviado para sua conta. O adolescente e os outros dois indivíduos serão alvo de investigações por crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.

”O nosso investigado, ele refere que há uma movimentação tranquila de R$ 2 milhões por dia vinculado a esses golpes em todo o Brasil”, afirmou Eibert Moreira, da Divisão de Investigação Criminal do DEIC

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