Delegado Odilon Teodósio diz ter sido vítima de falso vídeo… e acredita que “Justiça será feita”
O advogado Célio Roberto Matias de Santana, que representa o delegado Odilon Teodósio dos Santos Filho, disse não ter dúvidas de que a “justiça será feita” no caso que envolveu o delegado em um vídeo forjado em Natal.
No vídeo, veiculado em uma emissora de televisão em rede nacional em janeiro de 2014, o delegado supostamente teria utilizado um carro da Polícia Civil para levar uma garota, na época ainda adolescente, para jantar em um restaurante e depois para um motel de Natal. De acordo com o Ministério Público, que investigou o caso, a situação foi forjada.
“Vamos envidar todos os esforços para garantir que a justiça seja feita e eles sejam condenados. Toda essa situação causou extremo constrangimento ao delegado que dedicou mais de 30 anos de sua vida a serviço da sociedade e não tem nenhuma mácula no exercício da função”, disse o advogado. Segundo o advogado, Odilon Teodósio está morando temporariamente em outro estado a serviço da Força Nacional.
Nesta terça-feira (3) a Justiça recebeu denúncia contra um cinegrafista, dois policiais civis e mais uma jovem, hoje com 19 anos. Todos são suspeitos de envolvimento na armação. A denúncia contra o delegado foi exibida em um programa de televisão no dia 21 de janeiro de 2014.
Ainda de acordo com o MP, a investigação comprovou que a suposta ida do delegado ao restaurante e ao motel acompanhado da menor “não existiu no dia mencionado na reportagem”, e que “a cena exibida foi uma simulação levada a efeito pelos réus”.
Os suspeitos foram denunciados pelos crimes de falsidade ideológica, denunciação caluniosa, falso testemunho e usurpação de função publica.
O caso
Após a exibição da reportagem, a Corregedoria da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) e o Ministério Público doRio Grande do Norte deram início a uma investigação para apurar a denúncia de improbidade administrativa por parte do delegado. Procurado pelo G1, Odilon Teodósio limitou-se a dizer que a denúncia era falsa.
Além de Odilon, o adjunto dele, Alexandro Gomes dos Santos, também foi afastado do cargo. Ele foi filmado usando o carro da polícia para ir a uma faculdade particular de Natal onde é professor.
À época, o então delegado-geral adjunto de Polícia Civil, Adson Kepler Monteiro Maia, disse que os dois delegados pediram afastamento dos cargos. “Eles solicitaram para deixar as funções que ocupavam para garantir a lisura das investigações”, afirmou.
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