Delegados e magistrados ressaltam reunião da CPI em Natal
Delegados da Polícia Federal do Rio Grande do Norte e o juiz federal Mario Jambo ressaltaram a importância da reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos crimes cibernéticos realizada em Natal, na manhã de hoje (5), na Assembleia Legislativa. O evento foi requerido pelo deputado federal Rafael Motta (PROS), diante dos vários casos de crimes contra crianças e adolescentes na internet registrados em Natal.
“Reuniões como essa são muito importantes para discutir e esclarecer algumas informações sobre a gravidade desses crimes, que nem sempre chegam ao grande público”, afirmou o delegado da Polícia Federal, Márcio Wanderley, que apontou o Rio Grande do Norte como um dos estados com maior número de casos denunciados de compartilhamento de imagens e vídeos de sexo entre criança e adolescentes.
O juiz federal Mario Jambo ressaltou também a necessidade de aprimoramento na Legislação atual no que diz respeito ao crime cibernético. “O Estado Brasileiro é punitivo, mas não no que diz respeito aos crimes contra criança e adolescente na internet. Nesse caso, há falta de legislação”, analisou o magistrado, que é referência hoje em Direito Penal no Brasil.
Além de integrantes da Polícia Federal e do Judiciário, a reunião contou com a presença da presidente da CPI, a deputada federal Mariana Carvalho (PSDB-RO), e do deputado federal Fábio Faria (PSD), além de Rafael Motta. “O evento foi muito importante para ouvir a opinião dos potiguares sobre os casos registrados. Nós saímos da reunião com muitas informações que vão embasar o trabalho da CPI e até motivar novos projetos de lei para melhorar as investigações”, afirmou Rafael Motta, que é sub-relator dos casos de crimes contra criança e adolescente na CPI.
Os deputados estaduais Ricardo Motta (PROS), Marcia Maia (PSB), Kelps Lima (SDD) e Carlos Augusto Maia (PT do B) também participaram do evento, assim como os vereadores Eleika Bezerra (PSDC), Julia Arruda (PSB), Aquino Neto (PROS) e Emanoel do Cação (PP). A Presidente do Instituto Brasileiro de Estudos, Pesquisas e Formação para a Inovação Social (IBEPIS), Dilma Felizardo e o professor em segurança de rede e perícia forense computacional do IFRN, Ricardo Kleber, também prestaram depoimento na CPI.
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