Deputado pede ao comandante da PM punição para policiais que prenderam seu primo armado com revólver em um bar

Um documento emitido pela Assembleia Legislativa do Ceará e encaminhado ao comandante-geral da Polícia Militar, coronel PM Geovani Pinheiro, “vazou” de dentro de seu gabinete e agora causa protestos da tropa nas redes sociais. Trata-se do requerimento de um deputado estadual que pede ao comandante punição para policiais militares que prenderam, em flagrante, um primo do político.




O documento é assinado pelo deputado estadual Zé Aílton Brasil, atual presidente da Comissão dos Direitos Humanos da AL. Ele pede ao coronel Pinheiro punição disciplinar para policiais do Destacamento do Batalhão de Polícia Ambiental (BPMA) na cidade do Crato, no Cariri (a 516Km de Fortaleza), que, no dia 18 de julho passado, efetuaram a prisão de um primo do parlamentar.

Trata-se do comerciante Francisco Nairton Brasil, dono de um bar e restaurante localizado no Sítio Breja, no Distrito de Dom Quintino. Naquele dia, levado por denúncias, uma patrulha do BPMA foi até o local e, após uma revista “na parte externa do bar”, conforme acentua o deputado acabou descobrindo depois, já na parte interna do estabelecimento, uma arma de fogo (revólver). Em decorrência do fato, o comerciante recebeu voz de prisão em flagrante (pelo crime de porte ilegal de arma) e conduzido à Delegacia Regional de Polícia Civil do Crato.

Truculência???

No requerimento ao comandante-geral da PM, o deputado se mostra revoltado e inconformado com a ação da PM. Segundo ele, “a ação policial foi realizada de forma truculenta e com a invasão do estabelecimento e da residência sem qualquer autorização judicial” (desnecessária em caso de flagrante).

Diz ainda o deputado em seu requerimento, “considerando os fatos narrados, se confirmado, caracterizarem grave desvio de conduta dos policiais envolvidos, considerando também que se aproximam as eleições municipais e que é de amplo conhecimento no Crato a minha relação de parentesco como o Sr. Francisco Nairton Brasil, e, considerando por último, que visito com frequência  o estabelecimento alvo da abordagem policial, solicito avaliar a conduta dos policiais e investigaras motivações com brevidade”.

Por FERNANDO RIBEIRO

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