“Dinheiro esquecido”: entenda o que acontece com valores que não foram sacados

O prazo para sacar “valores esquecidos” em instituições financeiras terminou na quarta-feira (16). Segundo o Banco Central (BC), havia 42 milhões de pessoas físicas e mais de 3,6 milhões de pessoas jurídicas com dinheiro em conta.

O montante que não foi sacado será transferido aos cofres públicos, após projeto aprovado pela Câmara dos Deputados em setembro. Segundo o texto, titulares de contas bancárias tinham 30 dias após a publicação da lei, que ocorreu em 16 de setembro, para pedir o resgate dos valores.

Os saldos esquecidos passarão ao domínio da União e serão apropriados pelo Tesouro Nacional.

Todavia, esta mesma lei sinaliza uma “segunda chance” para o resgate. O texto diz que após a apropriação pelo Tesouro, o Ministério da Fazenda publicará um edital que relacionará os valores recolhidos e estipulará prazo de 30 dias para que os respectivos titulares contestem o recolhimento efetuado.

O valor total esquecido era de R$ 8,5 bilhões, conforme os últimos dados divulgados pelo BC. Dos beneficiários, pouco mais de 63% possuem até R$ 10 a receber, enquanto 25,05% tem entre R$ 10,01 até R$ 100.

Veja as porcentagens de valores esquecidos

  • Até R$ 10 — 63,21%;
  • Entre R$ 10,01 e R$ 100 — 25,05%;
  • Entre R$ 100,01 e R$ 1000 — 9,94%;
  • Acima de R$ 1000,01 — 1,80%.

Instituições com valores esquecidos

  • Dentre as instituições com valores esquecidos em seus cofres, a maioria do valor — quase R$ 5 milhões — é de bancos, seguida por administradores de consórcio com mais de R$ 2 milhões.
  • Bancos: R$ 4.992.625.325,52
  • Administradores de consórcio: R$ 2.385.947.697,16;
  • Cooperativas: R$ 808.244.397,08;
  • Instituições de pagamento: R$ 264.615.736,46;
  • Financeiras: R$ 129.147.062,84;
  • Corretoras e distribuidoras: R$ 9.725.412,76;
  • Outras: R$ 4.512.303,17

CNN Brasil

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