DPE-RN recomenda anulação de provas de concurso para agente e escrivão da polícia civil
Foto: Ilustrativa
A Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte (DPE/RN) recomendou a anulação das provas realizadas para os cargos de agente e escrivão do concurso da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte. A recomendação pede ainda que não seja feita a divulgação dos resultados relativos a essa etapa do concurso. O documento foi publicado no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (24) e dá prazo de 48 horas para que sejam informados os procedimentos administrativos adotados.
A recomendação é destinada à Comissão Especial do Concurso, à Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte e ao Governo do Estado. O texto pede ainda que seja realizado novo certame público, dessa vez, mediante a observância integral das disposições contidas no Edital.
A publicação leva em consideração o Inquérito Policial n.º 0802772-44.2021.8.20.5300 que constatou diversas irregularidades durante a aplicação do exame, como vazamento de provas, falhas na segurança e utilização de ponto eletrônico. O incidente culminou na prisão de dois candidatos envolvidos por tentativa de fraude ao concurso público. “Pelo conteúdo do depoimento prestado pelo flagranteado em sede da autoridade policial, a associação criminosa por trás da tentativa de burla ao concurso público possuía à sua disposição todos os tipos de caderno de prova, incluindo o tema da redação, antes mesmo do início de sua aplicação”, registra o texto.
A recomendação leva em consideração ainda outros três Boletins de Ocorrências relacionadas a irregularidades registradas no dia da aplicação da prova. Entre as denúncias, estão informações de malotes violados e o não recolhimento de impressão digital dos candidatos como previsto no Edital. Em consulta feita pelo Núcleo de Tutela Coletiva da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte, o presidente da Comissão do Concurso informou que, além da tentativa de fraude que culminou com a prisão em flagrante no dia da aplicação do certame, posteriormente foram identificados pela própria FGV, mediante cruzamento de banco de dados, outros quatro candidatos que também teriam se utilizado de ponto eletrônico e não foram flagrados na ocasião da prova.
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