ECONOMIA: Banco Central diz que não é possível reduzir juros em cenário atual da economia

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O brasileiro deve continuar pagando juros altos. De acordo com o Banco Central, não é possível pensar na hipótese de reduzir a taxa básica de juros, a Selic, no cenário atual da economia. A estimativa foi divulgada nesta quinta feira, pelo Comitê de Política Monetária, o Copom, que manteve a Selic em 14,25 por cento, pela sexta vez consecutiva. Para o economista Paulo Dantas da Costa, que é ex-presidente do Conselho Federal de Economia, Cofecon, os juros altos dificultam os investimentos no Brasil. Ele acredita que isso atrapalha o crescimento econômico do país.

“Essa taxa de juros muito elevada é altamente inibidora do investimento. Esse é um aspecto da mais alta importância, porque o investimento, ou a falta dele, diz respeito ao aspecto mais vulnerável da nossa economia. Nós não podemos, não temos como ter uma expectativa de crescimento significativo da economia, se não temos investimento, se o investimento não cresce, como não vem crescendo no Brasil”, disse Paulo Dantas da Costa, economista e ex-presidente do Conselho Federal de Economia.Manter os juros lá no alto é uma maneira que o Banco Central tem para tentar conter e atingir a meta da inflação, de 4,5 por cento. A medida deve ajudar a controlar os preços, mas ao mesmo tempo, prejudica a economia. O economista Paulo Dantas da Costa explica que, se os juros estão muito altos, a população automaticamente diminui as compras por crediário.

“O cidadão que tem a pretensão de comprar alguma coisa via crediário, ele se vê obrigado abdicar dessa possibilidade, porque as taxas de juros são muito elevadas. Ela se sente contida nas suas possibilidades de consumo, em que ela precisa de crediário para essa finalidade”, afirmou Paulo Dantas.

Segundo a repórter Bruna Goularte (Agência Rádio), a ata do Copom também prevê que a conta de energia elétrica fique 3,2 por cento mais barata este ano. É uma boa notícia para os trabalhadores brasileiros que, por outro lado, devem ter que pagar 12,8 por cento a mais nos preços dos medicamentos, de acordo com a estimativa feita pelo Banco Central.

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