ECONOMIA: Média de rendimento de brasileiros cai 65 reais em comparação ao ano passado, segundo IBGE

DINHEIRO

O trabalhador brasileiro está recebendo menos. No primeiro trimestre deste ano, a média do rendimento real, que é tudo aquilo que a pessoa ganha durante o mês, foi de apenas mil reais e 966 centavos. O número foi divulgado pelo IBGE, na Pesquisa Nacional de Amostra a Domicílios, a PNAD, e mostra que, em comparação ao mesmo período do ano passado, quando o rendimento era de dois mil e 31 reais, os brasileiros estão faturando 65 reais a menos por mês.

O economista e ex-presidente do Conselho Federal de Economia, Cofecon, José Luiz Pagnussat, explica que a falta de empregos é um dos fatores que determinam a diminuição do salário das famílias brasileiras.

“A ampliação da oferta de pessoas procurando emprego acaba fazendo com que os salários tendam a cair. É um conjunto de fatores que acaba determinando tanto a queda de empregos, em função da recessão, quanto a queda do salário e no total de rendimento das famílias”, disse José Luiz Pagnussat, ex-presidente do Conselho Federal de Economia.Segundo a repórter Bruna Goularte (Agência Rádio), a PNAD também apontou que mais de onze milhões de trabalhadores estão desempregados, no Brasil. Esse é o maior índice já registrado na pesquisa. José Luiz Pagnussat acredita que a crise política brasileira influencia diretamente os números do desemprego. Para o economista, mesmo que o governo tome outro rumo, a perspectiva é que o desemprego continue aumentando nos próximos três meses.

“Mesmo que tenhamos uma mudança na política econômica e uma reativação da economia, o quadro para os próximos três meses, no mercado de trabalho, é de continuidade da queda, porque leva um tempo pára que haja uma reação no mercado de trabalho, em relação à medidas que venham a ser adotadas”, afirmou José Luiz.

A pesquisa do IBGE também mostrou que o número de pessoas empregadas com carteira assinada diminuiu e bateu recorde em 2016. Entre janeiro e março, em comparação com o mesmo período do ano passado, foram 1,4 milhão de pessoas que perdem o trabalho com esse tipo de benefício.

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