Em julho, pequenos negócios criaram 49,8% dos empregos no RN

As micro e pequenas empresas do Rio Grande do Norte foram responsáveis por gerar 2.879 empregos dos 5.774 criados no Estado em julho de 2024. Esse número representa representa 49,86% do saldo total de empregos formais no mês. Se levar em consideração a série histórica dos últimos cinco anos é o maior saldo mensal registrado pelo levantamento para julho. No acumulado de 2024 até o mês passado, foram 13.567 vagas criados, alcançando 71,78% do total. Os dados estão no Mapa do Emprego, elaborado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte (Sebrae RN), que usa como fonte o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

As microempresas criaram, 2.322 vagas em julho e 12.478 557 vagas em julho e 1.089 de janeiro a julho deste ano, e as micro, 2.322 no mês passado e 12.478 de janeiro a julho deste ano. Já as pequenas empresas, geraram 557 em julho e 1.089 no acumulado.

A cidade com mais destaque no quesito de criação de vagas formais em julho é Natal, com 1.565 empregos. Em segundo lugar está Mossoró, na região Oeste, com 1.136. A terceira colocação ficou com Arêz, na região Leste potiguar, com 605. Os setores que lideraram o saldo de vagas, no mês passado, foram a indústria (1.695); serviços (1.671) e agropecuária (1.477), considerando todos os portes de empresa. A construção civil gerou 565 empregos e comércio, 366. No Rio Grande do Norte, no mês de julho de 2024, foram 23.091 admissões e 17.317 desligamentos.

O diretor superintendente do Sebrae RN, José Ferreira de Melo Neto, explicou que o bom saldo empregatício das micro e pequenas empresas é seguido de um contexto histórico nacional favorável a esse segmento. “Isso é um fenômeno nacional. As pequenas empresas no Brasil inteiro são as que mais empregam. Aqui no Rio Grande do Norte, nós temos uma economia muito voltada para a pequena empresa. Ou eles são os protagonistas ou atuam como participantes ativos do encadeamento produtivo das grandes”, explicou.

“Por exemplo, na construção civil teve uma retomada na cidade de Natal e em Mossoró já vinha em bom volume. É muita pequena empresa prestando serviços na cadeia produtiva. O resultado do mês de julho foi muito bom, porque o número de empregos aumentou em todos os setores”, acrescentou o diretor. Diante do cenário positivo, o RN conseguiu ficar na terceira colocação no saldo de emprego no Nordeste em julho de 2024, atrás apenas da Bahia e Pernambuco.

Zeca Melo tem a expectativa de que as atividades econômicas de serviço mais qualificado possam ser também os impulsionadores na criação de emprego e renda no Estado nos próximos anos. “Nós temos uma expectativa muito boa na área do emprego mais qualificado no setor de petróleo e gás, só na retomada dos poços maduros e da entrada dos novos players: 3R e PetroReconcavo, que investiram no ano passado. Tem a questão das energias renováveis que é muito forte e a renovação dos parques eólicos. Além da retomada de Ponta Negra com a engorda, que pode tornar Natal ainda mais atrativa”, citou.

Mesmo com um cenário positivo, o Rio Grande do Norte apresenta alguns problemas burocráticos, que, segundo Zeca Melo, são o principal gargalo enfrentado para a geração de novos empregos.
“A gente poderia ser mais célere na concessão das autorizações dos licenciamentos e da ampliação de investimentos. Em relação à pequena empresa, por exemplo, poderíamos ter uma licença ambiental mais rápida. Quanto mais rápido fizer isso, melhor. Não estou falando para gente ser negligente, só que precisamos de um pacto de maior celeridade”, analisou.

Tribuna do Norte

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