Em meio à crise, Correios reduz os salários da diretoria
Prestes a ter seu comando mudado — do PT para o PDT —, os Correios reduziram na quinta-feira o salário de seu presidente e da diretoria. O petista Wagner Pinheiro, que deixará o cargo nos próximos dias, ganhava R$ 46 mil. Mas o Conselho de Administração da estatal decidiu em reunião aprovar a redução para R$ 27,8 mil, um corte de cerca de 40%, equiparando os vencimentos aos da presidente Dilma Rousseff e ministros. Os oito vice-presidentes da empresa tinham vencimentos brutos de R$ 40 mil e passarão a ter o salário de R$ 24 mil.
A proposta de diminuir os salários foi apresentada pelo ministro das Comunicações, André Figueiredo (PDT), e aprovada pelo conselho. Nos próximos dias, o ex-deputado pedetista Giovanni Queiroz assumirá o comando da estatal. As vice-presidências estão sendo negociadas entre PDT, PT e PMDB, em troca de apoio ao governo.
Ligado ao PT de São Paulo, à Central Única dos Trabalhadores, ao Sindicato dos Bancários e amigo do ex-presidente Lula, Wagner Pinheiro preside os Correios desde 2011. Antes, comandou o fundo de pensão da Petrobras (Petros).
á Giovanni Queiroz foi deputado por cinco mandatos pelo PDT do Pará e teve atuação voltada à agropecuária e ao agronegócio. O pedetista é médico de formação e hoje é secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho.
No mês passado, ao anunciar a reforma ministerial, Dilma afirmou que iria cortar 10% do seu salário, do vice-presidente Michel Temer e dos ministros. Até agosto, a remuneração bruta da presidente e dos chefes de pasta era de R$ 30.934,70. Com o corte, passará a ser, a partir deste mês, de R$ 27,8 mil.
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