Fazendeiro reclama que a “fábrica de peão acabou”, e que trabalhadores do setor querem que os filhos estudem

O empresário mineiro do agronegócio Ricardo Arantes reclamou da proibição de adolescentes trabalharem com os pais em fazendas e afirmou que “a fábrica de peão acabou”. Em entrevista ao podcast “Agro em Debate”, ele ainda disse que trabalhadores do setor também têm incentivado os filhos a seguirem outras profissões.

“Já parou para pensar que a fábrica de peão acabou? Onde é que os peões eram formados?

Nos currais das fazendas junto com o pai dele. O pai era peão, o menino via e falava: ‘Pai, eu quero fazer o que você faz. Aí logo tinha um cavalinho, ia com o pai, virava um peão e ia embora”, afirmou.

Zootecnista e consultor em Gestão de Pessoas no setor, ele ainda reclamou que uma fazenda pode “morrer” ou enfrentar “um processo gigantesco” se autoridades encontrarem uma criança ou adolescente trabalhando.

“Agora é proibido por lei deixar um menino de 12 anos lá. Deus o livre acontece alguma coisa, a fazenda tá morta, vai responder a um processo gigantesco. E o pai não quer: ‘Não, meu filho, você não vai ser peão. Vai estudar, ser doutor, fazer alguma coisa melhor. A profissão do pai é ruim, é sofrida. A fabrica de peão acabou, o que nós vamos fazer daqui a 5, 6, 7 ou 8 anos? Não vai ter peão mais”, completou.

A fala do fazendeiro gerou repercussão nas redes sociais .

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