Sonho duplo: Gêmeas passam em medicina na UFPB com notas iguais na redação
Gêmeas idênticas na fisionomia e na nota da redação do Enem 2016 conseguiram aprovação em 11º e 16º lugares no curso de medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com nota 980 na redação, por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016. Andressa Alves e Wanessa Alves são do município de Sapé, na região da Mata paraibana, e estudaram juntas, sem nenhum cursinho preparatório. “Ver o sofrimento delas, o sonho realizado, é muito gratificante”, declarou a mãe das garotas, Josineide Alves de Carvalho.
As jovens abriram mão de muitas coisas para se dedicar aos estudos, como festas e até se distanciaram um pouco das redes sociais, sempre estudando em dupla. “De fato, passar em medicina não é tarefa fácil e, ainda mais, de forma dupla. É algo necessário para a formação de profissionais qualificados”, declarou Wanessa.
As notas de 799,98 e 806,94, respectivamente, eram maiores que 60 notas de cortes de universidades federais do Brasil, de acordo com uma comparação feita pela mãe delas. “Todo mundo está emocionado, todos sabem que elas gostam de estudar, tudo é possível desde que estude”, confessou a mãe.
As jovens, desde pequenas, com 3 e 4 anos, trocavam os brinquedos pelos livros. Pediam para a mãe, que é professora, ler para elas. “Cantavam o hino [nacional] sem errar uma estrofe, sabiam o hino completo, mesmo muito pequenas”, contou orgulhosa.
O sonho da mãe era que uma das filhas seguisse na carreira jurídica. Mas, as gêmeas Andressa e Wanessa decidiram continuar juntas na vida acadêmica. Aos 15 anos, passaram para o curso de Direito, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em 4º e 8º lugares. “Agora estamos comemorando o resultado de muito esforço e dedicação, já que nunca fizemos cursinho algum”, disse Andressa.
papéis na parede e a estante repleta de livros comprovam a dedicação de um ano inteiro. A nota da redação comprovou que a ajuda mútua entre as duas foi fundamental. “A nota da redação é fruto da nossa união em compartilhar ideias, pesquisas e treinos”, disse Wanessa.
Aproveitavam as horas vagas na escola para aprofundar o conteúdo da prova. “Estudávamos nas horas vagas da escola, lendo revistas de atualidades e de história. Treinamos muitos simulados e aperfeiçoamos cada conteúdo com muitos exercícios”, revelou Andressa.
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